Um olhar distante do presente em busca do passado em Ourinhos-Sp. (por Sérgio Barbosa)

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UM OLHAR DISTANTE DO PRESENTE EM BUSCA DO PASSADO EM OURINHOS-SP… 

“… ter saudades até que é bom, é melhor que caminhar sozinho…” (Peninha)

À Professora Maura, dedico!

By seb@r.

Os livros nos mostram muitas faces de uma mesma leitura, assim, cada leitor pode viajar pelos descaminhos de uma interrogação sem ficar na exclamação de um parágrafo sem ponto e vírgula…

Ah! Eu me lembro com saudades da minha professora de Língua Portuguesa da época do ginasial, ou melhor, dos áureos tempos do GIEJNLO-Ginásio Industrial Estadual “Josefa Navarro Lemos” de Ourinhos, capital da antiga média sorocabana…

A tal “média sorocabana” era uma homenagem a antiga Estrada de Ferro Sorocabana” que depois de anos passou a se chamar FEPASA-Ferrovias Paulistas S/A, hoje, depois da famosa privataria TUCANA da malha ferroviária,  ainda, patrocinada pelo governo liberal do tal doutor, isso mesmo, aquele que ficou oito longos anos no planalto central com ar de intelectual, mas governando com pinta de moço bom para o “tio sam”…

Falar em ferrovias, mesmo aqui na província, significa tristeza e desolação, haja vista que até a Estação Ferroviária local pegou fogo, porém, tais ocorrências continuam sem muitas respostas quanto ao caso ou “ocaso” neste País do faz de conta…

Mas, voltando aos bons e velhos tempos do ginasial, a professora da famigerada Língua Portuguesa se chamava dona Maura, isso mesmo, tinha aquele ar de durona frente aos adolescentes provincianos de um tempo que deixou saudades para muitos alunos…

Neste tempo, as salas de aulas eram formadas apenas por “meninos”, tendo em vista que “as meninas” ficavam em outras salas, ainda, até mesmo no “recreio”, havia tal divisão entre os dois lados…

Voltando aos estudos “ginasianos”, deve-se registrar que neste momento, todo o respeito pela professora que ensinou muito para este autor em tempos distantes, porém, foram aulas e aulas pelos caminhos desta língua complicada quando o verbo indefinido ficava sem a conexão com o presente, muito menos com o passado sem futuro e ponto quase final…

O que eu mais gostava, claro, eram as aulas voltadas para a redação sobre temas denominados “livres” para a professora da matéria, neste momento, a palavra “livre” se tornava sinônimo de tudo ao mesmo tempo e nada frente aos desafios do presente com olhos no futuro…

Lembro que, uma das muitas redações escritas, uma em particular ficou na minha memória, isso mesmo, escrevi sobre o assassinato do presidente egípcio da época, GAMAL ABDAL NASSER (creio que é isso mesmo!)…

A nota foi quase “dez”, uma vitória sem precedente naquela época, ainda mais numa matéria oferecida na grade curricular de um Ginásio Industrial Estadual que enfatizava o lado técnico para os alunos…

Faz alguns anos, aproveitei o tempo deste tempo em minha cidade natal e fiz uma visita acanhada ao prédio do antigo e famoso GIEO- Ginásio Industrial Estadual de Ourinhos, ou seja, naquela época era apenas o INDUSTRIAL da Vila Margarida…

QUEM CONHECEU, COM CERTEZA, VAI SABER ISTO E MAIS AQUILO…

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e-mail: barbosa.sebar@gmail.com