Therians: pessoas que se identificam como animais
Mas afinal, o que isso significa? É um transtorno mental? Um estilo de vida? Ou uma forma de expressão? Você já deve ter ouvido falar de pessoas que se identificam intensamente com animais e se comportam como eles. Esse comportamento não causa danos graves à vida dos indivíduos e nem para outras pessoas.
Essa maneira de agir é uma cultura popular. Eles se identificam de forma espiritual, psicológica ou simbólica. Os Therians se identificam com animais específicos como gato, lobo, cavalo e outros de espécies diferentes. Eles imitam como o animal anda, se move e se comunica, e reproduzem sons nas redes sociais.
A transformação humana em imitação de animais pode ter significados diferentes variando de pessoas para pessoas. Indivíduos com esse comportamento declaram não se reconhecer como humano, mas sim como como uma identidade ligada ao mundo animal.
Os therians não mudam suas características físicas, somente as vestimentas e comportamento como forma de expressar sua identidade animal.
Mas será que eles brincam de ser animal? Não. Eles não brincam de ser animal. Para eles isso faz parte real e central de sua identidade. Muitos dizem que foi na infância e na adolescência que tiveram essa conexão e a sensação de pertencimento com animais.
Será que é um transtorno mental? Não existe um diagnóstico psiquiátrico. Não é uma doença mental. Ela pode estar associada a outras condições clínicas como sofrimentos psicológicos, traumas, fuga da realidade, depressão e ansiedade, muitas vezes causada pela exclusão social. A identificação com animais pode ser uma forma simbólica de proteção.
Em alguns casos essa identificação pode estar associada ao transtorno dissociativo, esquizotípico ou espectro autista. Por que isso acontece? Muitos jovens se sentem rejeitados, mas nas comunidades therians se sente acolhidos. Alguns acreditam que viveram como animal em vidas passadas.
Se você conhece alguém que se identifica como animal, evite reações de desprezo, negação ou punição. Acolha, ouça sem julgamentos. Procure orientação profissional da saúde mental e fique atento para sinais de pedido de ajuda.
Cidinha Pascoaloto-Psicóloga, com foco no luto CRP 06/158174. Presencial e online, contato: (18) 99725-6418