París, maio de 1968: Um ano para ficar na memória… (por Sérgio Barbosa)

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PARÍS, MAIO DE 1968: UM ANO PARA FICAR NA MEMÓRIA…

“Maio de 68 foi auge da década em que jovens ‘aceleram’ a história”

(Ébano Piacentini in FOLHAONLINE, 30/04/2008)

Sérgio Barbosa (*)

Não se pode deixar de lembrar que o ano de 1968 ficou para trás como uma marca mais do que registrada para a história em nível mundial, ainda, com vestígios em terras tupiniquins em função dos desencontros do país com os denominados e odiados “anos de chumbo”…

Porém, como sempre, nem tudo pode ser relembrado pela história de  muitas estórias neste contexto além da nossa imaginação, afinal de contas, pode-se ficar em posição contraditória, haja vista as opções que são feitas em nome da sobrevivência familiar ou do poder com o poder para um outro poder sacramental e mercadológico…

Tem um outro mês que é relembrando na história como “setembro negro”, isso lá pelo início da década de 70, quando terroristas fizeram o diabo com a ideologia capitalista do mundo nada ocidental para um olhar mais de acordo com as outras ideologias perdidas pelos sonhos de outrora do ser humano…

Neste cenário denominado de “maio em chamas”, uma capital européia ficou em estado de alerta quando estudantes resolveram sair pelas ruas em protesto contra a política educacional do governo francês na época em pauta, a saber: 1968!

Tal como lá, aqui em terras brasilis as coisas, também, andaram mal das pernas para todos os lados, basta um olhar pela ótica da história calada pelos laudos oficiais da ditadura em expansão para uma nova visão do paraíso tropical…

As perdas desta época somam as vitórias do passado distante para exaltar conquistas num futuro próximo, ressalta neste vislumbrar o ano seguinte, 1969 com a tal conquista da lua pelos deuses do norte em terras americanas sob o comando do todo poderoso “Tio Sam” ou “Big Brother”…

Fica complicado para a reflexão deste tempo, não registrar diversos acontecimentos em áreas afins aos objetivos da história deste período mágico, ao mesmo tempo, conturbado para o poder político nos continentes sacudidos pela onda de protestos dos estudantes, bem como, dos trabalhadores em busca de melhores condições de vida para suas famílias…

As bandeiras vão além do senso comum em 1968, novas palavras de ordem para a sociedade européia sob o comando estudantil francês nas ruas da cidade luz, oferecendo Paris como marca registrada neste desafio além das propostas do local para uma visão global…

São 40 anos de caminhada e muitos desencontros do ser humano com o seu interior perdido nas contradições de si mesmo, entretanto, faz-se necessário estar em conexão com o social para extrapolar o entendimento, bem como, os acordos mediados pelas necessidades econômicas do planeta nesta década em ebulição nas áreas da música, arte, educação, política e econômica…

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(*) Jornalista diplomado e professor universitário.

e-mail: barbosa.sebar@gma