Inovação Bem Vinda

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INOVAÇÃO BEM VINDA

De quando em quando surgem novas ideias a respeito da administração pública, o que é bom, pois que assim se pode corrigir o que não está de todo certo, incrementar o que está bom e eliminar o que não convém.
Nas eleições sempre se escolheu o cabeça  da chapa e o seu vice. Porém, o vice, a não ser em raríssimos casos, foi sempre uma figura decorativa e é comum passar toda a gestão sem dar opinião em nada, sem ser ouvido para nada. Vem a ser o mandante “pós mortem” real ou política do titular. Assim, logo que acaba a apuração, o vice desaparece do cenário político e todo o seu esforço fica ignorado pelo eleitorado.
Por isso, para as próximas eleições foram bem aceitas ideias que identificam, já nos possíveis candidatos, todo o grupo que com ele irá  governar. Ao se escolher o candidato a prefeito, escolhe-se também o nome do vice e se apontam todos os secretários. Logo, embora não seja oficial essa chapa completa porque a justiça apenas irá chancelar os dois cargos, prefeito e vice, haverá a obrigação moral de abrigar nas secretarias os nomes anteriormente aventados.
Os eleitores poderão saber de antemão quem será o Secretário da Fazenda e Orçamento, o que entende da pasta, suas experiências passadas, seu êxito ou seu ponto fraco. O eleitorado vai poder avaliar se o secretário encarregado do Meio Ambiente e Limpeza Pública realmente entende de limpeza e organização.  Se o encarregado de Cultura e Turismo é um bom conhecedor do setor, das suas necessidades, do que precisa ser mantido e do que tem que ser alterado. E assim será em todas as secretarias. As pessoas não escolherão apenas prefeito e vice, mas todos os ocupantes das diversas secretarias. Não haverá surpresas depois. Não haverá escolhas por compadri o ou para pagar favores de campanha.
Não que essas pessoas não possam ser trocadas durante o mandato, mas pelo menos vai se saber a obrigação de cada um. Se uma ou outra não der certo, substitui-se. O importante é que o prefeito não precisará ” a toque de caixa”, quando sair o resultado, escolher às pressas todo seu secretariado nomeando muita gente incompetente porque não teve tempo de estudar o perfil dos escolhidos, além de nomear também aqueles que o ajudaram na campanha, embora não possuam o perfil adequado para a função.
O bom desse novo método é que o eleitor saberá de antemão quem vai cuidar do quê. Que os futuros secretários terão tempo suficiente para estudar as obrigações da futura pasta, assim como o estado em que ela se encontra, se está deficitária ou não. Tudo será feito com tempo, com conhecimento prévio, tanto para os candidatos como para os eleitores.
Enfim, não deixa de ser uma inovação, um aperfeiçoamento no processo de escolha dos mandatários e seus mais diretos auxiliares. Que Dracena consiga levar adiante mais esse item de aprimoramento democrático.
Thereza Pitta
e-mail= therezapitta@uol.com.br