VACINA FORA DO PRAZO DE VALIDADE: Prefeito André Lemos está atento as investigações policiais

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A Polícia Civil abriu inquérito nesta segunda-feira, 26, para apurar a aplicação de vacinas contra a covid-19 fora do prazo de validade em 80 moradores de Dracena. As doses tratam-se do lote 4120Z001 do fabricante Oxford/AstraZeneca e foram aplicadas entre os dias 14 e 15 deste mês.

Assim que a administração municipal, através do prefeito André Lemos tomou conhecimento houve ampla divulgação do ocorrido.

Segundo a Polícia, o inquérito vai apurar eventual crime de lesão corporal culposa. A Prefeitura informou que já apura o fato e vai colaborar com a investigação policial.

O prefeito André Lemos afirmou: “A apuração dos fatos irá apontar os responsáveis e as providências cabíveis serão tomadas. A administração municipal está acompanhando toda investigação e colaborando com as autoridades”.

A enfermeira Karina Akiyama, responsável pela Vigilância Epidemiológica disse: “Reconhecemos o erro da equipe, vamos arcar com as consequências, e colaborar com as informações solicitadas pela Polícia. Também estamos acompanhando de perto os pacientes”.

O prefeito André Lemos se solidariza com cada um que recebeu a dose da vacina fora do prazo de validade e pontua que o seu Governo se pauta pela verdade dos fatos.

Também enaltece a importância da vacinação contra o covid 19, assim como todas as medidas de prevenção, como a higienização das mãos, o uso de máscaras e o cuidado em não estar aglomerado.

O episódio da vacina aplicada fora do prazo de validade é considerado isolado, porque a campanha desde o seu início em janeiro vem sendo desenvolvida no município de Dracena, com responsabilidade pela Secretaria de Saúde, a fim de que sejam contemplados com os imunizantes, apenas as pessoas que correspondem aos grupos determinados pela Secretaria Estadual de Saúde.

A gestão municipal está atenta às informações transmitidas pelo Governo do Estado para oferecer um serviço de qualidade aos cidadãos. O município de Dracena também integra desde a formação, o Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (CONECTAR).

INFORMAÇÕES NACIONAIS

O site Metrópoles informou no sábado, 24, que até 160 cidades em 23 estados aplicaram vacinas vencidas contra a Covid-19 na população, segundo dados oficiais do Ministério da Saúde, sendo que apenas o município de Dracena detectou o problema e tomou providências.

DEMORA NA LIBERAÇÃO DA VACINA

A vinda dos primeiros lotes da vacina produzidos pelo instituto Serum, da Índia, sofreu com indefinições e idas e vindas. Ainda em 31 de dezembro do ano passado, a Fiocruz pediu e conseguiu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importar 2 milhões de doses.

Duas semanas depois, no dia 14 de janeiro, o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, prometeu que um avião partiria do Brasil no mesmo dia para buscar as doses. A aeronave da empresa Azul foi adesivada pela equipe de marketing do governo, mas o voo acabou cancelado, e a Índia só liberou as vacinas na semana seguinte. Elas chegaram em 22 de janeiro, e começaram a ser distribuídas aos estados no dia seguinte.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável pela produção da Covishield no Brasil, apontou que os três lotes envolvidos, cujo um deles (4120Z001) foi utilizado em Dracena, vieram justamente nesse voo. Elas foram produzidos em outubro do ano passado no país asiático.

A epidemiologista Carla Domingues, que coordenou o Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde entre 2011 e 2019, afirmou em entrevista ao Metrópoles que o sistema público tinha por norma não enviar ao entes federativos vacinas com menos de 3 meses de validade.

Fonte: Diretoria de Comunicação