TRAGÉDIA DE NOVA INDEPENDÊNCIA: Réu é condenado a mais de 11 anos pelas mortes e atropelamentos

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Paulo é condenado a 11 anos e 15 dias pelas mortes e atropelamentos em Nova Independência.

NOVA INDEPENDÊNCIA- Depois de mais de 15 horas de julgamento, o mecânico Paulo Alves da Silva foi condenado a uma pena de 11 anos e 15 dias. Sendo 10 anos e seis meses pela morte de João Bringel e Jhonatan Coelho Rocha, bem como pelas tentativas de homicídio a outras 15 vítimas atropeladas por ele. Somando mais seis meses por embriaguez ao volante e 15 dias por uma vias de fato.

O júri que iniciou às 10h25 da manhã de quarta,16, e encerrou nesta madrugada de quinta,17, foi conduzido pelo juiz Dr Alexandre Rodrigues Ferreira.

Da parte do Ministério Público atuou o promotor substituto Carlos Leonardo Martins da Silva. Na parte de defesa ao réu os advogados Edilson Gomes da Silva, Ariane Gomes Fontes e Tainá de Lima Venâncio.

A sessão iniciou com o sorteio de 7 jurados compostos por 3 mulheres e 4 homens. Em seguida foram interrogadas presencialmente três testemunhas: Pabulo Bringel, Márcia Peres e Célia Alves (irmã de Paulo). Outras testemunhas e vítimas fizeram depoimento por meio de vídeos que foram gravados em datas anteriores.

PERDÃO
Ao ser interrogado pelo juíz, Paulo negou qualquer intenção em cometer o crime. Disse que perdeu o controle de direção de sua caminhonete ao passar por uma valeta. “Eu bati com o queixo no volante e desmaiei. Só acordei no outro dia quando um policial me perguntou se eu lembrava do que fiz. Quando ele falou que morreram 2 pessoas entrei em desespero”, relatou o réu.

Ainda em seu depoimento, Paulo disse que estava arrependido do ocorrido e pediu perdão aos familiares das vítimas. “Se eu pudesse daria minha própria vida para trazer aquelas pessoas de volta”, disse com voz embargada.

Paulo disse que estava em baixa velocidade e que não se considerava embriagado. Porém, um laudo apresentado pela promotoria confirmou a embriaguez.

O advogado pediu a absolvição de seu cliente ou que os jurados não considerassem as 15 tentativas de homicídios.

“É melhor correr os ricos de salvar um culpado do que condenar um inocente. Então eu como advogado peço a absolvição do Paulo. Porque cadeia não conserta ninguém”, disse a Defesa.

A promotoria disse que o caso não poderia ficar impune. “Ainda que Paulo seja condenado terá direito de ser visitado por seus familiares. Mas e os familiares do João Bringel e do Jhonatan? (vítimas fatais)”.

Após o juiz ter lido a sentença, os advogados e familiares do réu comemoraram. A mãe de Paulo ficou emocionada. Ela acompanhou o julgamento até no final. O Ministério Público poderá recorrer dessa sentença e pedir uma nova condenação.

O CRIME
No dia 26 de janeiro de 2020 havia uma confraternização em Nova Independência no cruzamento da avenida Nosso Senhor do Bonfim com a rua José Bonifácio (esquina da escola Zilda Prado). Era uma festa comemorativa do aniversário do proprietário do bar, Fabrício Bispo.

Paulo esteve na festa e acabou se desentendo com sua companheira da época. Nessa desavença, uma mesa teria acertado uma jovem e originado outra briga com terceiros. A defesa diz que Paulo foi agredido por várias pessoas. Em seguida ele teria ido embora e algumas testemunhas afirmaram que ouviram Paulo dizer que retornaria. De fato, entre 10 e 15 minutos após esse ocorrido o réu retornou com sua S-10 na Cor Preta e atropelou as pessoas presentes na festa. Duas delas morreram e outras 15 sofreram ferimentos diversos, algumas delas de grande gravidade.

Fonte: Urubupunganews