Tchau, Trump!

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TCHAU, TRUMP!

O advogado democrata Biden foi eleito o 47º presidente dos EUA.

Concluída a apuração do Colégio Eleitoral estadunidense, Biden alcançou estrondosos 306 votos contra 232 alcançados por Trump.

Nas urnas, foram 81,3 milhões de votos para o democrata contra 74,3 para o republicano (nas eleições anteriores, Trump venceu no Colégio Eleitoral e perdeu nas urnas para Hilary Clinton).

Uma vitória acachapante!

Negacionista, obscurantista, destemperado e verborrágico, Trump administrou a maior potência mundial de forma peculiar, perseguindo imigrantes, fomentando o ódio e a discriminação em geral, negando a ciência, ameaçando adversários políticos, etc.

Além disso, negou veementemente a gravidade da terrível pandemia mundial de Covid-19, que levou, pasme-se, nada menos que mais de 300 mil estadunidenses à morte até o dia de hoje, número 500% (quinhentos por cento) maior que o de soldados americanos mortos na Guerra do Vietnã (estima-se que os EUA perderam 58 mil soldados na guerra).

Apenas em termos comparativos com uma grande cidade da nossa região, Presidente Prudente, por exemplo, conta com cerca de 230 mil habitantes, ou seja, 70 mil a menos que os mortos dos EUA por Covid-19.

Um número assustador e triste!

A despeito disso, durante a pandemia, Trump teimou em não fazer uso de máscara, fez piadinhas infames, ‘receitou’ cloroquina (cuja maior fabricante mundial do medicamento, a francesa Safoni, tem Trump como um de seus sócios-proprietários), minimizou a gravidade da crise, zombou das mortes, etc.

Mas o povo americano não perdoou: nas urnas, Trump experimentou uma das maiores derrotas já sofridas por um presidente em tentativa de reeleição nos EUA.

E o que ele fez? Não aceitou, esperneou, gritou, recorreu, alegou fraude nas urnas, ameaçou não deixar o cargo, etc.

Mas nada disso adiantou, adianta ou adiantará, pois, querendo ou não, aceitando ou não, gostando ou não, Trump, como inquilino temporário da Casa Branca, terá que desocupá-la no final do dia 19 de janeiro de 2021, pois, no dia seguinte (20/01/2021), Biden tomará posse do cargo para o qual foi eleito.

É assim que funciona da dita ‘maior democracia do mundo’!

Trump pode sair, inclusive, pelas portas dos fundos da Casa Branca, a exemplo do que fez João Batista de Oliveira Figueiredo (o último dos ditadores militares do Brasil ou simplesmente aquele que dizia preferir o cheiro dos cavalos ao do povo) quando da posse de José Sarney, mas nada disso vai mudar a história, que não costuma perdoar quem menospreza a ciência, o bom senso, a lógica, os valores fundamentais, o respeito e a amizade entre os povos e às suas diferenças.

Enfim, venceu a esperança e a razão em detrimento do ódio e da estupidez humana!

Se o governo Bidem será bom, médio, ruim ou até mesmo péssimo não sabemos, mas temos a certeza de que a fragorosa derrota de Trump nas urnas é, ao menos, um alento de esperança para o planeta, que está farto de incompetentes, negacionistas e obscurantistas de toda ordem.

Que 2021 chegue logo e, juntamente com ele, uma luz de esperança esteja novamente acesa no horizonte de todos nós, principalmente os latino-americanos, ‘quintal’ dos EUA.

Bye, bye, Trump!

vladimirdemattos@hotmail.com