Síndrome de Noé é uma perturbação mental caracterizada pela acumulação de animais de estimação. Esse comportamento está cada vez mais comum e pode comprometer a saúde pública e dos animais. A acumulação começa a desenvolver-se lentamente e de forma progressiva.
Para os acumuladores a quantidade não importa, sempre cabe mais um pet no espaço familiar. Ter animais de estimação é terapêutico, traz alegrias, felicidades e companhia. Mas em exagero pode ser sinal de que a saúde mental está pedindo socorro.
Não existe uma quantidade de animais para caracterizar acúmulo, mas quando a quantidade de animais ultrapassa a capacidade do cuidador de alimentar, prestar atendimentos veterinários e oferecer condições de higiene. Pessoas com esse comportamento podem ter quadros depressivos como solidão, isolamento, ausência de laços afetivos e sociais.
Os cachorros são os animais mais presentes na vida das pessoas que tem síndrome de Noé. Existe um perfil de acumuladores como pessoas que sofreram perdas de amigos, familiares, envelhecimento, distanciamento dos filhos, queda de padrão social, entre outras. Um idoso que sofre de solidão ou alguns fatores estressantes pode desencadear esse transtorno.
Se essa pessoa não tiver alguém para orientá-la é possível que esse transtorno saia do controle e vire uma compulsão. Existem três subtipos de acumuladores.
Cuidador sobrecarregado: Tem forte apego aos animais, tenta oferecer cuidados necessários e vê todos como família.
Acumulador de resgate: O indivíduo acredita que só ele pode cuidar dos animais, busca salvar todos e doa, o que se torna uma obsessão;
Acumulador explorador: O indivíduo adquire o animal por necessidades pessoais pode apresentar uma aparência de proteção, mas é indiferente aos danos causados aos animais.
Além dos transtornos da saúde mental, a saúde física do acumulador e da sua comunidade ficam expostos a doenças transmitidas por animais.
Vizinhos, amigos e familiares devem ajudar, mas é necessário muito carinho e paciência, diálogo e não entrar em conflito com a pessoa.
Os acumuladores geralmente são do sexo feminino e já na terceira idade e acumulam mais de 41 animais em média.
Cidinha Pascoaloto-Psicóloga-CRP 06/158174. Presencial e online, contato: (18) 99725-6418