QUO VADIS (1): UM ENCONTRO ENTRE NERO E OS CRISTÃOS…
“Roma antiga. Uma cidade marcada por conflitos de religião e violência nas ruas e o temperamento insano de Nero”. (DVD “QUO VADIS”, WB).
Sérgio Barbosa (*)
As aventuras patrocinadas pela indústria cinematográfica como entretenimento maior nas décadas de 50 e 60 superaram em muito as outras áreas do mercado que atuavam nesta área, neste caso em pauta, a TV e o Rádio…
As conquistas proporcionadas pelas Legiões Romanas durante o período expansionista do Império Romano durante décadas em meio às alternâncias imperiais no poder com o aval do senado, permitiram avançar em busca da expansão territorial tal qual o grande Nero sonhou em seus delírios com a famosa lira musical…
No filme QUO VADIS, 1951, apresentação majestosa da METRO-GOLDWYN-MAYER e estrelando ROBERT TAYLOR, DEBORA KERR, LEO GLENN E PETER USTINOV, roteiro de John Lee Mahin e S.N. Behrman, baseado na história de Henry Sienkiewicz, dirigido por Marvyn Leroy e produção de Sam Zibalist, ainda, colorido por Technicolor…
O contexto histórico, como sempre, nestes épicos da denominada Era Cristã, mediada pelas siglas AC (Antes de Cristo) e DC (depois de Cristo), levam os cinéfilos aos domínios do todo poderoso Império Romano…
Na realidade, registram-se quase sempre o confronto entre o bem e o mal, neste caso em pauta, cristão como representação do lado bom e os romanos, representando o outro lado nesta dialética sem fim, ou seja, o mal em todas as suas variantes como sentimento humano além da crueldade com o avanço do cristianismo em terras profanas…
Porém, neste meio tempo histórico com a estória para fazer a diferença em nível de contextualização frente ao domínio expansionista romana, bem como, com o crescimento numérico dos cristãos visando à propagação da fé em Cristo Jesus como Rei dos Judeus…
As dúvidas são eternas para ambos os lados, pois, nem sempre a fé permanece inabalável neste universo arenoso, pois, os perdedores ficam no grande circo romano para uma diversão a mais na grande arena…
Afinal de contas, as feras precisam deste alimento carnal, porém, com pele revestida pelo sagrado no meio das alegrias prometidas após a morte terrena com sinal da cruz como libertação do sofrimento imposto pelo poder romano…
Que a força do filme QUO VADIS possa fazer a diferença depois de cinco décadas da sua produção neste cenário pós-moderno, porém, com os mesmos vícios daquele tempo, ou seja, “pão e circo” para uma diversão neste tempo novo tempo…
____________________________
(*) jornalista diplomado.
(1) Quo vadis é uma expressão em latim que significa “Para onde vais?”
e-mail: barbosa.sebar@gmail.com