PREÇO, RISCO E CUSTO
*CLAUDIVAL CLEMENTE
*CLAUDIVAL MOURA CLEMENTE
O leilão realizado ontem pelo Governo Federal alavancou para os cofres públicos a importância de 8,9 bilhões de reais, para exploração de petróleo, cujo resultado financeiro será dividido entre Estados e Municípios.
Além disso, a reforma da Previdência está praticamente aprovada pelo Senado e se encontra em estudo uma reforma administrativa que tem como objetivo reduzir a folha de pagamento dos servidores públicos.
Estas novidades em nada ajudam, de imediato, a população brasileira, que sofre as consequências da estagnação econômica, ocasionada pela má política econômica adotada pelos últimos governantes.
Estagnação econômica é a situação em que o produto nacional mantém um nível de crescimento incompatível com o potencial econômico de um país, durante um longo período, no qual o vagaroso crescimento econômico é acompanhado de alto desemprego.
Mas, com certeza, o sucesso do mega leilão de petróleo e a aprovação das reformas previdenciária e administrativa irá ajudar a economia do país a longo prazo, pois somente em um ambiente econômico estável é possível atrair investidores, tanto nacionais como estrangeiros.
O investidor, aquele que é dono do dinheiro, utiliza alguns critérios bem objetivos para decidir a respeito de um investimento: preço, risco e custo.
O preço é exatamente o valor do investimento. O custoé o valor das despesas relativas ao investimento, tais como, projeto, seguros, impostos; enfim, o valor total do negócio.
O risco é uma análise muito mais complexa e difícil do que o exemplo acima, mas, basicamente, é a procura por eventuais brechas jurídicas que possam inviabilizar o negócio ou ainda, a possibilidade da situação econômica e financeira se deteriorar a ponto de impossibilitar não só a realização do negócio, mas como também, impossibilitar o retorno do capital investido.
Para se analisar o risco do negócio, tem que se analisar, também, a situação político-econômica do local do investimento, inclusive quais a medidas estejam sendo tomadas para estabilizar a economia.
Os investimentos aportados no país, tais como os que aconteceram no leilão de ontem, é que geram novos negócios e aumentam os empregos e renda.
As medidas anticíclicas usadas no passado, se mostraram ineficazes a longo prazo, pois provocam uma reação artificial da economia, que após esta reação, volta aos mesmo níveis ou até piores, gerando novos desempregos e nova crise econômica.
Envie dúvidas, comentários ou sugestões para bcrcconsultoria@gmail.com. Até a próxima.
*Formado em Direito pela Universidade Estadual de Direito do Norte Pioneiro em Jacarezinho e em Administração de Empresas pela Faculdades Integradas de Ourinhos. Sócio sênior da BCRC Consultoria.
** Revisão e colaboração – Acadêmico de Administração de Empresas na UNICID.
