Por que há poucas mulheres na Política?

0
698

POR QUE HÁ POUCAS MULHERES NA POLÍTICA?

O Jornal Interativo tem feito uma série de entrevistas com mulheres de Dracena e região para explorar o tema acima. Há mais mulheres que homens no mundo e a realidade de Dracena não é diferente. Então, por que os homens predominam no cenário político não só da cidade, como do Estado e do país? Será que as mulheres são incompetentes? Será que elas não conseguem entender nada de economia, de administração, de saúde, de educação?

    Como é que elas passam nos concursos, nos vestibulares, nos exames da OAB e em todos as outras provas de excelência que existem? É pra se pensar, mas não é preciso pensar muito para se chegar a uma conclusão. A história explica: Quanto mais se volta no tempo mais se percebe que o homem, nos primórdios da civilização, mandava na tribo devido a sua força física que era indispensável para a sobrevivência da comunidade. Com o passar do tempo, os perigos não mais eram representados por ameaças físicas, mas por situações que exigiam resoluções inteligentes. E nesse novo contexto as mulheres são mestras.

    Hoje percebe-se que quanto mais evoluído é o povo, mais valor se dá às mulheres. Assim, é comum ver mulher ocupando o cargo de chefe de estado. e o contrário também é verdadeiro: quanto mais atrasado é o povo, menor a aceitação de mulheres nos cargos públicos.

      O Brasil ainda é um país com uma porcentagem elevadíssima de pessoas  mergulhadas na ignorância. Prova disso são os altos índices de miséria que apresenta. Pelas últimas pesquisas há 55milhões de pessoas abaixo do nível de pobreza. É uma multidão de escravos que passam a vida lutando pela comida que os mantém vivos. Enquanto isso, governo e  os donos do dinheiro se divertem alheios a toda essa desgraça.

Nesse panorama social mantém-se inalterado os antigos valores em que apenas os homens sabem comandar, pensar e agir. As mulheres devem ficar restritas à cama e fogão. Por isso, quando há eleição e algumas mulheres tentam um cargo no executivo ou legislativo, os eleitores dão preferência aos homens, porque na cabeça desses eleitores ” isso é coisa pra homem”.

O resultado é esse número irrisório de mulheres no comando de cargos públicos. Pra não dizer que são misóginos, alguns governantes costumam dar as áreas da saúde e educação para as mulheres tomarem conta, pois sentem essas áreas como um prolongamento do lar.

       Aqui tivemos uma mulher presidente. Era firme, durona, não permitia roubalheira. Resultado: fizeram tudo para derrubá-la. Quem não se lembra da conversa do senador Jucá: “Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel,um pacto para estancar a sangria… aí parava tudo . ” Tem que ter um impeachment.  … e um grande acordo com o supremo e com tudo”…

     Ela caiu porque atrapalhava a roubalheira. Mulher á assim mesmo: honesta por natureza. Verifique quantos escândalos financeiros foram perpetrados por mulheres. Quantos desfalques, quantos desvios de verbas. A mulher não tem esse desespero por riqueza, de se achar importante de acordo com sua conta bancária. E ainda tem uma coisa: quando se fala em proteção à infância, à educação, em toda área humanista é da mulher que se fala.

      Quando o povo tiver mais escolas de qualidade, mais educação e mais politização, pode ter certeza: as mulheres terão preferência nas eleições.

Thereza Pitta
Até segunda-feira.