Pela 1ª vez, Canil do 8º Baep da Polícia Militar prepara cadela para detecção e localização de explosivos

0
1390

Treinamentos devem manter o animal centrado e calmo. Expectativa é que grupamento tenha um cão para cada modalidade operacional até o ano que vem.

Treinamento constante e um novo desafio ao Canil do 8º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), da Polícia Militar, em Presidente Prudente. Pela primeira vez, o grupamento vai preparar uma cadela para detecção e localização de explosivos. A “recrutinha” centrada, chamada Ninja, tem pouco mais de três meses de vida e já recebe o adestramento. Os resultados positivos almejados pela equipe beneficiarão o atendimento à população do Oeste Paulista.

Ninja, da raça pastor belga malinois, chegou recentemente ao Canil do 8º Baep ao lado de três irmãos da mesma ninhada: Thanos, Kira e Logan. Além do quarteto, o grupamento ainda preparará para servir à PM o filhote Ayslan, da raça rottweiler, que também tem pouco mais de três meses de vida.

O comandante do Canil em Presidente Prudente, sargento Joel de Godoi Bueno Júnior, contou ao G1 que o temperamento e a aptidão do cão são avaliados durante os treinamentos, que começam desde bem cedinho.

“Um dos cães, que é a Ninja, são todos da mesma ninhada, apresentou um comportamento diferenciado que vai nos direcionar para o trabalho com cão de explosivo. Que é o primeiro cão de detecção de explosivo que nós vamos ter no 8º Baep”, anunciou ao G1 o sargento.

Os outros filhotes malinois ainda estão em avaliação, mas provavelmente serão direcionados, cada um, para faro e detecção de drogas, para detecção de arma – que também é uma nova modalidade de adestramento do Batalhão – e o outro está em análise se será direcionado a patrulhamento ou à dupla função, que é o cão de patrulhamento e de faro de droga.

Já o filhote de rottweiler deverá ser preparado para o patrulhamento/policiamento.

Controlada e centrada

Ao G1, o sargento Júnior explicou que o cão para detecção de explosivo “tem de ser um cão controlado”. “Não pode ser um cão muito afoito, um cão que tem uma agressividade muito alta, tendo em vista que o explosivo, quando o cão localizar, o cão não pode se aproximar”, afirmou.

“Chegou ao local, identificou o odor, ele [cão] para sinalizando que naquele local tem explosivo. Aí nós retiramos o cão do cenário e acionamos o esquadrão antibombas”, explicou o sargento sobre o procedimento.

Aqueles cães mais agressivos, agitados e com um temperamento um pouco mais forte tendem a se aproximar do objeto localizado, e tal comportamento não é o ideal para o treinamento voltado à detecção de explosivos. E a Ninja é o oposto.

“A Ninja nos proporcionou esse tipo de temperamento, de comportamento. É uma cadela que é um pouco mais concentrada, bem centrada nos treinamentos, e isso faz com que a gente direcione ela para o explosivo”, contou ao G1 o sargento PM.

Obediência

Os filhotes ainda são bem novinhos e ainda passam pelo treinamento padrão de ambientação e obediência, para depois partirem ao que o policial adestrador tem intenção de trabalhar.

“Até os oito meses os cães passam por uma adaptação; eles [policiais com os cães] fazem ambientação em aeroportos, shoppings, rodovias. A gente acostuma desde pequenos a levar ele a outros ambientes para que lá na frente o cão não tenha problemas de chegar em um ambiente novo e estranhar. Esse treinamento é básico para todos os filhotes que chegam”, explicou ao G1.