Causado pela baixa produção da enzima que digere o açúcar do leite, esse problema traz dor de barriga e outros incômodos gastrointestinais. Como tratar?
A intolerância à lactose causa dor de barriga, gases e outros desconfortos gastrointestinais após a ingestão de leite e derivados. Para confirmar o diagnóstico, o médico avalia o histórico do paciente, descarta outras doenças com sintomas semelhantes e pode pedir exames. O tratamento varia, mas envolve limitar o consumo de lácteos e eventualmente tomar cápsulas com lactase, a enzima que quebra a lactose.
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O que causa a intolerância à lactose
Os sintomas decorrem da incapacidade total ou parcial do organismo de produzir a lactase, uma enzima que quebra a lactose, o açúcar dos produtos lácteos. Com isso, o composto se acumula no intestino e é fermentado pelas bactérias que vivem ali, provocando mal-estar.
A intolerância surge de diferentes maneiras. Sua forma mais comum acontece pela redução natural da concentração de lactase com o avançar da idade.
O bebê, que se alimenta exclusivamente do leite, fabrica largas doses dessa enzima. Conforme a criança vai crescendo e outros alimentos entram no cardápio, sua produção diminui aos poucos. Em alguns indivíduos, a queda é acentuada e, aí, o corpo não encara muito bem alguns goles de leite.
Em episódios raros, o distúrbio tem origem genética. E há ainda uma terceira causa: quando micro-organismos ou um processo inflamatório atacam as células intestinais responsáveis por gerar a lactase.
Embora muita gente confunda intolerância com alergia, os dois problemas são distintos. Enquanto o primeiro é marcado pela dificuldade em quebrar a lactase, o segundo é uma resposta exagerada do sistema imunológico a uma proteína específica do leite da vaca. O ataque das células de defesa patrocina manifestações em todo o corpo, como inchaço nos lábios, coceira, manchas na pele, tosse e falta de ar. A alergia tende a ser mais perigosa, portanto.
Sintomas e sinais
- Dor e inchaço abdominal
- Diarreia
- Gases
- Azia
- Náusea
- Dor de cabeça
Fatores de risco
- Envelhecimento
- Etnia: o problema é mais comum em africanos, árabes, gregos, chineses, coreanos e canadenses
- Infecção por rotavírus
- Doenças gastrointestinais
- Predisposição genética
- Diabetes
- Realização de cirurgia bariátrica
A prevenção
Não há como conter a queda na produção da lactase. Contudo, vale lembrar que o bom funcionamento dos órgãos digestivos repercute na digestão da lactose.
Ou seja, a recomendação é investir num cardápio com verduras, frutas e cereais integrais, que facilitam o trânsito intestinal. O organismo mais saudável fica menos propenso a gases e cólicas, mesmo com a presença de lactose não digerida.
Infecções intestinais podem ocasionar o que os especialistas chamam de intolerância transitória. Nesses casos, tratar a infestação de germes é o caminho para restabelecer a fabricação da lactase e se livrar dos desconfortos ao ingerir leite e derivados.
Por outro lado, medicamentos como os antibióticos fragilizam o intestino. Esses fármacos só devem ser usados com a recomendação do médico.
Fonte: saude.abril.com.br