O papel dos pais na terapia dos filhos

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O papel dos pais na terapia dos filhos.

É comum os pais buscarem tratamentos terapêuticos para seus filhos com frequência para pedir orientação sobre como podem ajudá-los a superarem seus problemas, seus medos e suas angustias. Sabemos que os pais são modelos de comportamento muito importantes na vida das crianças e dos adolescentes. Pais com pensamentos e crenças positivas e que estimulam os filhos a enfrentarem as situações difíceis de uma forma fortalecedora e funcional ajudam muito na redução dos sintomas de ansiedade da criança e adolescente, e ajudam também na regulação emocional.

 A participação dos pais no tratamento traz uma série de vantagens para ambas as partes e é de grande importância para ajudar no bom andamento terapêutico e validar o trabalho do terapeuta. Quando a família está envolvida o terapeuta tem melhor compreensão das intervenções necessárias, o que ajuda no fortalecimento do vínculo familiar e contribui melhor para o desenvolvimento e aprendizagem da criança.

É um erro acreditar que apenas as intervenções do terapeuta bastam para a eficácia do tratamento. Mesmo que criança passe por diversas terapias, o tempo que a ela convive em seu ambiente familiar e com as pessoas próximas é maior.

A criança é um ser em desenvolvimento e mostra com seu comportamento claramente o ambiente em que vive, o grau de afetividade que recebe e a forma que as pessoas da família se relacionam.

A participação dos pais e de toda família na terapia de um filho não se trata apenas da presença física nas sessões quando solicitada, mas requer comprometimento com o processo terapêutico.

Eles serão os responsáveis pela presença da criança nas sessões para não chegar atrasado e não interromper o tratamento. Também são responsáveis por elogiar pequenas mudanças na criança para incentivar e valorizar seu aprendizado. A participação pode ser de diversas formas, como entrevistas semanais, quinzenais ou mensais. Essas entrevistas poderão ser com pai e mãe juntos ou com apenas um do casal dependendo da necessidade apresentada pela criança.

Muitas vezes as mudanças de comportamento do filho alteram a dinâmica familiar, portanto é fundamental a paciência e diálogo nesse período. É preciso lembrar que a psicoterapia não é para os pais, mas apenas um acompanhamento familiar para auxiliar o progresso terapêutico do filho.

Postado por Cidinha Pascoaloto – Psicóloga – CRP 06/158174