NO PRESENTE COM SAUDADES DO PASSADO…
“… não preciso que me digam onde nasce o sol, porque bate lá meu coração…” (Belchior)
Sérgio Barbosa (*)
Entre o natal e o ano novo, passei alguns dias em minha cidade natal, Ourinhos, localizada na divisa com o estado do Paraná (norte)…
Foram alguns dias com familiares e alguns amigos dos velhos e bons tempos, isso nos saudosos anos 70, quando tudo era apenas um detalhe e nada mais para aqueles meninos sonhadores do interior paulista…
Neste encontro com o passado em meio ao presente, percebe-se que o tempo continua implacável com as pessoas e o contexto em que as mesmas vivem e muitas sobrevivem em total desconforto para um olhar distante e perdido em suas próprias contradições humanas…
A cidade cresceu e muitos nestes últimos anos, criando condições para um outro modo de viver e deixar a vida levar de uma maneira simples e complexa ao mesmo tempo para os/as ourinhenses…
Os amigos de outrora estão em outra agora, quem sabe, tentando levar as coisas da melhor forma possível, tendo em vista as necessidades de novo tempo que chega com a pós-globalização…
Os dias em terras provincianas, isso mesmo caro leitor, minha cidade natal, como tantas outras do País do faz de conta não passa de uma província qualquer, ainda, tendo problemas idênticos às demais cidades do interior do interior paulista…
Assim passaram os dias em meio aos desencontros de um encontro sem mais e sem menos, jogando conversa foram como dizem os homens simples de uma cidade qualquer…
Porém, o olhar frente às mudanças na terra natal sempre deixa marcas pelas estradas de uma viagem sem volta pelo passado de um tempo calado…
As lembranças ficam em nosso interior como recompensa pelos momentos vividos nesta província ourinhense, entretanto, novos desafios são colocados em nosso caminho como forma de preservação da simplicidade caipira neste contexto glocal, do global para o local…
Fica, como sempre, a saudade do passado de um presente com futuro, claro, tudo muda disse o pensador do outro tempo, assim, o melhor é levar a vida sem perder as raízes do que se foi um dia, quando tudo era apenas um detalhe e nada mais em meio ao tudo de menos…
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(*) Jornalista diplomado e professor universitário.
E-mail: barbosa.sebar@gmail.com