Mãe do rapaz disse à Polícia Civil que o jovem praticou a agressão para fazer o idoso urinar sentado para não sujar o banheiro da residência, na Vila Angélica, em Presidente Prudente.
Um rapaz de 20 anos foi preso em flagrante, na manhã desta quarta-feira (15), após agredir o seu próprio avô, de 88 anos, na residência da família, na Vila Angélica, em Presidente Prudente (SP).
De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia Participativa da Polícia Civil, a própria mãe do rapaz disse que acordou e viu o filho jogando o avô no vaso sanitário do banheiro da casa. Em seguida, a mulher constatou que a mão do idoso, que é pai dela, estava sangrando.
O motivo da agressão, segundo a mulher informou no Boletim de Ocorrência, foi que o neto queria que o avô urinasse sentado no vaso sanitário para não sujar o banheiro.
A mãe contou que o filho é usuário de drogas e que já pediu para que ele deixasse a casa da família, mas o rapaz se recusa a sair do local. Além disso, a mulher também deseja que o filho, caso saia da prisão, seja impedido de retornar à residência ou de aproximar dela e do avô.
O idoso relatou à Polícia Civil que o neto, sem motivo aparente, o empurrou contra a parede, causando-lhe o ferimento. A vítima também manifestou o desejo de que o rapaz seja responsabilizado pelo ato cometido, bem como fique proibido de se aproximar.
Já o indiciado negou a agressão e disse que pegou o avô pelo braço e o colocou no vaso. Segundo o Boletim de Ocorrência, o rapaz disse ser usuário de maconha e viver de “bicos” e ainda confirmou que a mãe não o queria na residência.
Policiais militares foram acionados para o atendimento da ocorrência e conduziram o jovem preso à Delegacia Participativa.
A Polícia Civil decretou a prisão em flagrante do indiciado pelo crime de violência doméstica, previsto no parágrafo 9º, do artigo 129, do Código Penal.
Por entender que, ao menos neste momento, a segregação cautelar do indiciado é necessária à garantia da ordem pública, representada pela salvaguarda da vida e da integridade física da vítima, a Polícia Civil deixou de arbitrar-lhe fiança e pediu à Justiça a conversão do flagrante em prisão preventiva.
Caso o Poder Judiciário entenda não ser necessária a prisão cautelar do envolvido, a Polícia Civil ainda representou à Justiça, em caráter subsidiário, pela decretação de medica cautelar para proibir o indiciado de se aproximar, acessar ou frequentar a residência da família e para impedir que o jovem mantenha contato por qualquer meio com o avô e com a mãe.
Fonte: G1