Macaco possivelmente Sagui ou Prego é encontrado morto às margens da SP-294

0
2750

Um Macaco, possivelmente Sagui ou Prego, foi localizado na manhã deste domingo (17), no acostamento da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, a SP-294, no trecho entre a Hidromecânica Caçula e antigo CDL.

Não há sinais aparentes, mas possivelmente tenha sido atropelado por algum veículo.

Jorge Zanoni

Foto de Internauta

Callithrix jacchus

sagui-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus), também conhecido como sonhimsoim , sauim ou ainda saguim,[4] é uma espécie de macaco de pequeno porte do Novo Mundo. Originário do Nordeste do Brasil, atualmente é encontrado também em partes das regiões Sudeste e Norte, além de criado em cativeiro em diversos países.

Taxonomia e evolução

Saguis-de-tufo-branco em São Paulo, Brasil

Os saguis que ocorrem na mata atlântica já foram considerados todos como subespécies de Callithrix jacchus.[5] Contudo, atualmente, todos os taxónimos derivados são considerados como espécies separadas, e o Callithrix jacchus refere-se apenas às populações que ocorrem no Nordeste brasileiro e na caatinga.[6][5][7]

Estudos realizados com morfometria de crânios colocaram o Callithrix jacchus como membro do grupo-irmão de uma classificação monofilética formada pelas espécies Callithrix kuhliiCallithrix penicillata e Callithrix geoffroyi.[6] Entretanto, dados moleculares sugerem outro clado, em que o Callithrix geoffroyi faria parte do grupo-irmão de um clado com uma politomia não definida entre as espécies Callithrix kuhliiCallithrix penicillata e Callithrix jacchus.[8]

Características

É um primata de pequeno porte com peso entre 350 e 450 gramas, pelagem estriada na orelhas e mancha branca na testa. A coloração geral do corpo é acinzentada-clara com reflexos castanhos e pretos. A cauda é maior do que o corpo e tem a função de garantir o equilíbrio do animal.

Quando é ameaçado, emite guinchos muito agudos, alertando o grupo. Protegem o território de outros grupos com sons estridentes.

Distribuição Geográfica e hábitat

Habita florestas arbustivas da caatinga e a mata atlântica do Nordeste brasileiro, ocorrendo de forma nativa nos estados de AlagoasPernambucoSergipeParaíbaRio Grande do NorteCearáPiauíMaranhãoBahia e Tocantins até o sul da desembocadura do rio São Francisco.[7] Foi uma espécie introduzida em várias localidades do Brasil, sendo muito comum em remanescentes de floresta degradada da mata atlântica e existem populações estabelecidas na Ilha de Santa Catarina e até em Buenos Aires, na Argentina, e são avistados em alguns locais do Rio de Janeiro, onde originalmente não ocorriam.[7]

No Recôncavo Baiano, parece haver uma zona de hibridação do Callithrix penicillata, fato que parece ter ocorrido devido ao desmatamento, já que provavelmente essa área era habitada por Callithrix kuhlii.[7] Entretanto, alguns estudos mostram que muitas dessas populações não estão consolidadas, mas se mantêm graças a novas introduções realizadas pelo homem, como observado na bacia do rio São João, no Rio de Janeiro.[9]

Ecologia

A espécie vive em grupos de três a quinze animais, formados por indivíduos reprodutores e não reprodutores, adaptando-se a uma área de coleta pequena, como foi comprovado em populações desses símios estudadas no Rio Grande do Norte: de 0,5 ha. a 35,5 ha.[10] Isso se deve provavelmente ao fato de possuírem uma dieta rica em goma, que permite que os animais explorem outros tipos de alimento, além de frutos, em meses de escassez.[10]

Alimentação

Alimentam-se de insetosaranhas, pequenos vertebrados, ovos e pássaro, frutos e são também gumívoros (alimentam-se da goma exsudada de troncos que roem com os dentes incisivos inferiores, de árvores gumíferas). Essa goma serve de fonte de carboidratoscálcio e algumas proteínas.

O sagui despende cerca de 25 a 30% de seu tempo ativo procurando por alimentos.

Reprodução

Fêmea com filhotes

Nas fêmeas, a maturidade sexual é atingida aos 18 meses e nos machos aos 24. O período de gestação varia entre 140 e 160 dias, depois de um ciclo estral de cerca de 15 dias. Nascem dois filhotes a cada gestação, os quais já não relativamente grandes.

Com duas semanas de vida começam a experimentar frutas maduras, sem deixar a amamentação (que vai até os dois meses). O pai ajuda carregando os filhotes que se agarram muito bem ao pai, sendo transferidos para a mãe na hora da alimentação. Aos 21 dias, os jovens começam a explorar um pouco o ambiente ao redor, mas andam nas costas dos pais até a idade de 6-7 semanas.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Callithrix_jacchus