Já foi a Terra da Garoa…

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JÁ FOI A TERRA DA GAROA…                                                           

*CLAUDIVAL CLEMENTE.

**CLAUDIVAL MOURA CLEMENTE

A garoa estava sempre presente, característica do clima tropical de altitude, pois se localiza acima do nível do mar, fincada no planalto paulista, entremeada de vários córregos e rios, entre os quais se destacam o Tietê, Pinheiros e Tamanduateí.

Com o tempo a cidade foi crescendo, vários prédios construídos, pessoas chegando das mais diversas partes do país e também do mundo, perdendo a característica de “terra da garoa”. Se tornou grande, barulhenta e populosa, trocando o charme da terra da garoa para a “cidade que não pode parar”, que de fato não parou…

Estabeleceu um sistema viário, por meio das marginais e da Av.do Estados, utilizando os principais rios como referência, ligando a capital ao interior e às cidades do entorno, caracterizando-se como uma região metropolitana extremamente potente, polarizando e dinamizando estas localidades.

Mas também é o ambiente perfeito para propagação do vírus SARS-Coc2, que provoca a Covid19, cuja transmissão se dá por meio de gotículas de salivas, preferencialmente em locais onde se aglomeram várias pessoas ao mesmo tempo.

O governador do Estado e o Prefeito de São Paulo, desde o início da pandemia em março deste ano, tem procurado alternativas para combater a expansão do vírus e ao longo do tempo foram implantando medidas que tinham como objetivo diminuir a contaminação das pessoas, pois embora seja uma doença com baixa letalidade, pode levar várias pessoas a desenvolver complicações respiratórias, exigindo internação em Unidade de Terapia Intensiva e utilização de respiradores mecânicos, para auxiliar o corpo a realizar o trabalho dos pulmões que ficam comprometidos.

Apesar da existência do SUS – Sistema Único de Saúde que implantou várias Unidades Básicas de Saúdes – UBS e podem ser utilizadas na localização e triagem dos infectados, a rede hospitalar pública não tem capacidade para atender vários pacientes ao mesmo tempo. Lamentavelmente os últimos governantes se preocuparam em investir em outras áreas, com visibilidade maior, relegando à saúde uma pequena parte da verba pública.

O trabalho para evitar a contaminação de várias pessoas ao mesmo tempo tem esta preocupação, poupar leitos para os que realmente necessitarem, especialmente os portadores de doenças graves ou crônicas.

O isolamento social com o fechamento dos comércios não essenciais, suspensão de aulas em escolas e universidades, se mostraramparcialmente ineficientes, pois a população continua saindo e se reunindo em vários locais, ou seja, causando aglomerações, criando facilidades ao espalhamento do vírus.

Por isso foi adotado a antecipação de alguns feriados, surgindo um mega feriado do dia 20 ao dia 25 de maio; mas não é um feriado prolongado para as pessoas saírem de férias, passeios e lazer. É para permitir que as pessoas possam ficar em casa, a despeito de todas as dificuldades econômicas que possam provocar a permanência em casa.

Esta pandemia certamente irá mudar o mundo, talvez não como os otimistas pensem, mas fará com as autoridades iniciem um planejamento de longo prazo, priorizando investimentos na área da saúde, investindo e modernizando as instalações do SUS que podem servir como extensa e pontual rede de atendimento à todas as pessoas, independentemente de classes sociais.

Mas além disso investir em ciência e tecnologia, unir-se às universidades e pesquisadores para que o país esteja preparado para novos e futuros vírus que poderão voltar para assolar a humanidade, estudando, inclusive, se as medidas implantadas, tais como o isolamento social realmente consegue baixar os níveis de contaminação.

Da mesma forma, as autoridades têm que estabelecer nos orçamentos públicos uma verba destinada ao auxílio emergencial para a população de baixa renda e para as empresas, especialmente as pequenas e micro empresas, para substituir a renda perdida durante o isolamento. O Estado tem que cumprir o seu papel.

O mais importante neste momento é procurar uma forma de ficar em casa, de se isolar com a família, intensificando o combate ao inimigo mortal e invisível, caso seja necessários sair, sempre  mantendo distância segura entre as pessoas, usando as máscaras, manter as mãos limpas com água e sabão ou álcool gel.

Juntos somos mais fortes, juntos venceremos. O Brasil irá vencer o vírus. O Brasil precisa de todos nós.

Envie dúvidas, comentários ou sugestões para bcrcconsultoria@gmail.com. Até a próxima.

*Formado em Direito pela Universidade Estadual de Direito do Norte Pioneiro em Jacarezinho e em Administração de Empresas nas Faculdades Integradas de Ourinhos. MBA em Comunicação Corporativa pela Universidade Estácio de Sá(em curso) . Sócio sênior da BCRC Consultoria em Comunicação.

** Revisão e colaboração  – Acadêmico de Administração de Empresas na UNICID.