Homem de 74 anos negou os fatos e, segundo o Boletim de Ocorrência registrado na Polícia Civil, ainda alegou que ‘é casado, tem três filhos, e é evangélico’.
Um homem de 74 anos foi preso em flagrante por importunação sexual em um supermercado na Vila Nova, em Presidente Prudente, na tarde desta segunda-feira (9).
De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia Participativa da Polícia Civil, ele tinha uma conduta reiterada de passar as mãos nas nádegas de mulheres dentro do estabelecimento comercial e, nesta segunda-feira (19), a vítima foi uma jovem, de 19 anos.
Segundo o documento policial, foi apurado que há alguns dias uma então funcionária do supermercado, que já não trabalha mais no estabelecimento comercial, comentou que um senhor tinha apalpado as suas nádegas.
Em princípio, segundo narrou um segurança do supermercado, pensaram que o fato poderia ter-se dado sem a intenção libidinosa.
No entanto, na última quinta-feira (5), uma outra funcionária, de 32 anos, passou pela mesma situação enquanto trabalhava no local.
Ao conferir as imagens do sistema de câmeras de monitoramento do supermercado, percebeu que o idoso, que é conhecido no local por ser cliente frequente, tinha agido de forma voluntária.
Na tarde desta segunda-feira (9), o idoso repetiu a conduta libidinosa e desta vez teve como alvo a vítima de 19 anos.
O segurança do estabelecimento foi acionado logo depois do fato e abordou o idoso no estacionamento do supermercado, detendo-o até a chegada ao local de uma viatura da Polícia Militar, que o conduziu à Delegacia Participativa.
Na delegacia, o idoso negou os fatos à Polícia Civil. Ele disse que faz compras em vários mercados e que, às vezes, carregando sacolas, pode bater a mão em alguém, sem querer.
Ainda segundo o Boletim de Ocorrência, ele alegou que “é casado, tem três filhos, e é evangélico”.
Quando cientificado sobre a prisão, o idoso desferiu diversos socos contra a parede da delegacia e, assim, eventualmente, “pode ter se autolesionado”, segundo o Boletim de Ocorrência.
“Ele se recusou a fornecer contato para comunicar sobre a prisão, o que também é indicativo da culpa”, salientou a Polícia Civil.
“Os vídeos apresentados permitem um juízo de certeza de que foram dolosas, voluntárias, as condutas do indiciado, sendo que a própria reiteração delas afasta eventual tese de que poderiam, eventualmente, ser involuntárias”, concluiu a Polícia Civil.
Em decorrência da “reiteração das condutas”, a Polícia Civil identificou que “o indiciado possui personalidade voltada para a prática criminosa, sendo que, se solto, nada impedirá a repetição” dos atos, e pediu à Justiça a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva.
Fonte: G1