“Só posso escrever o que sou. E se os personagens se comportam de modos diferentes, é porque não sou um só.” (Graciliano Ramos)
Sérgio Barbosa (*)
Resolvi aqui com os meus botões, entretanto, faz anos que só uso camisetas, mesmo assim, está mais do que RESOLVIDO que neste texto vou viajar pelas PALAVRAS sem pensar em voltar sem ter ido…
Assim, as passagens nos levam para algum lugar deste tempo sem o tempo, porém, o importante é não sair do mesmo lugar para tentar entrar naquele outro lugar…
Todos e todas desejam quase sempre aquele algo mais que pode não estar disponível nas prateleiras daquela FARMÁCIA, talvez de um SUPERMERCADO e assim por diante…
Os desejos existem para uma aproximação com o EU das pessoas, quase sempre desejando no SINGULAR para tentar alcançar o PLURAL de DOIS ou DUAS, depende sempre de que lado você pretende estar neste jogo do tempo do seu tempo…
Neste enigma das Pirâmides que estão do outro lado do Oceano, tudo pode ocorrer de um jeito ou de outro, entretanto, tais desencontros estão em desacordo com as aspirações de muitos DESEJOS que se perderam no outro TEMPO do TEMPO…
Não!
Sim!
Talvez!
Quem sabe!
As questões são diversas e nada do que se busca pode aparecer neste cenário teatral, porém, os PERSONAGENS não estão em CENA para demonstrarem tais desejos que ficaram do outro lado do TEMPO…
Por isso, nada pode ser como antes daquele desencontro que estava previsto para muitas considerações sobre a inexistência da PLURALIDADE dos fatos que ocorreram em defesa do outro que despareceu sem deixar rastros…
De tudo o que se sabe neste PALCO de uma PEÇA TEATRAL sem título, talvez para não apresentar a SINGULARIDADE dos PERSONAGENS, continua procurando uma PASSAGEM deste local para lugar nenhum…
Não existem controvérsias neste contexto que está além do TEMPO do outro TEMPO, assim, permanece a PALAVRA que não foi esquecida daquela MEMÓRIA que se perdeu naquele TEMPO sem o TEMPO…
Para ser SINCERO, confesso que nada ocorreu neste MEIO TEMPO, haja vista que o horizonte continua o mesmo de sempre, ainda mais neste CENÁRIO inacabado para aqueles que partiram sem querer chegar do outro lado do TEMPO…
Bem me quer, talvez, MAL ME QUER como aquela canção que marcou o PERSONAGEM em meio às contradições do TEMPO que se perdeu no outro TEMPO…
QUEM VIVEU ESTE PERSONAGEM VAI SABER…
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(*) jornalista diplomado e professor universitário.