Entre os ocasos de um talvez e ponto quase final… (por Sérgio Barbosa)

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Entre os ocasos de um talvez e ponto quase final…

“No ocaso do outono só o carrapicho gruda na velha calça…” (Aníbal Beça) 

Sérgio Barbosa (*)

O palco de um teatro qualquer pode representar muitos atos nas apresentações de uma peça simples e complicada ao mesmo tempo, claro, depende sempre do olhar de cada pessoa frente ao enredo apresentado para um público calado pela pressão da emoção em tempo de pós-globalização…

Neste contexto teatral tudo pode acontecer de um momento para outro, assim, quando menos se espera o cenário muda de lugar e a cena vista já não é mais a mesma do segundo anterior, portanto, é preciso ficar atento ao jogo de cena da apresentação artística…

O artista é senhor de si quando demonstra em cena o seu potencial para uma platéia fascinada pela arte da representação teatral em meio ao gestual inusitado da apresentação teatral…

A arte proporciona o momento daquele prazer, ao mesmo tempo, traz a beleza de um olhar perdido para muitos desencontros com o outro lado, portanto, tudo pode ser de um jeito ou de outro neste cenário teatral…

Os anos passam e muitas pessoas continuam repetindo a mesma coisa de sempre, isso é, sentadas no mesmo lugar como diz o dito mais do que popular tupiniquim, assim, a mesmice de sempre continua dando suas cartas para ambos os lados da mesa vazia…

Claro, todos podem de um jeito ou de outro tentar chegar ao topo de uma carreira sem mais e sem menos, quem sabe, procurando o lugar do outro para dar o golpe de mestre, se possível, pelas costas como manda o figurino do passado…

Neste cenário em branco e preto tudo pode acontecer num piscar de olhos, porém, nada é para sempre neste contexto dialógico para a reflexão do eu sobre o nós em confronto com o espírito de equipe….

Por isso e talvez aquilo, bem como, entre as muitas idas com poucas vindas neste contexto plural com quem continua no singular, tudo deve se resolver sem muitas respostas, ainda mais neste palco da vida…

A utopia continua a mesma de sempre para todos/as, porém, cada qual deve saber onde buscar aquela resposta mediada pelo silêncio da eternidade, todavia, o que pode ser mais do que uma promessa do passado neste presente sem futuro…

Todas as cortinas estão no mesmo lugar de sempre, ainda mais quanto não existe o colorido da paisagem que se perdeu no tempo do tempo, haja vista as promessas daquela viagem que não ocorreu por causa das dúvidas sobre si mesmo/a…

De tudo o que pode ocorrer neste palco sem a arte do cotidiano, talvez o inusitado possa dar conta do recado como se fosse apenas uma ilusão perdida, portanto, apenas quem continua no mesmo lugar de sempre pode saber onde está a resposta…

TAIS POSSIBILIDADES ESTÃO MAIS OU MENOS DE ACORDO COM O ESPERADO PELOS OCASOS DE UM TALVEZ E PONTO QUASE FINAL…

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(*) jornalista diplomado e professor universitário.

e-mail: barbosa.sebar@gmail.com