E agora Tomé?

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E agora Tomé?

A Bíblia retrata que Tomé foi um dos doze Apóstolos escolhidos por Jesus. Há um dito popular que diz: “ver para crer”. Essa assertiva está associada ao fato dele ter duvidado dos seus companheiros, quando disseram que Jesus havia ressuscitado. Depois disso ele teria ido pregar na Índia. Então fica a mensagem para nós de que nos momentos de dúvidas temos que crer, mesmo sem ver. Essa desconfiança de São Tomé não pode nos influenciar. Pelo fato de não vermos o novo coronavirus, nosso inimigo, muitos não acreditam na sua existência. Ledo engano. Talvez tais pessoas somente consigam crer nisso quando infelizmente vivenciarem na própria carne a contaminação. O isolamento social patriótico é salutar. Os cientistas, ainda que discutam quanto a sua posição horizontal ou vertical, demonstram isso diuturnamente. Os índices (infectados/curados/mortos) evidenciam essa afirmação. Os cuidados com a higienização, a utilização dos equipamentos de proteção, enfim, são medidas preventivas imprescindíveis para que consigamos vencer essa guerra contra o inimigo oculto. Nós podemos e certamente iremos vencer, pois ele pode sim ser ferido. Temos que tornar esse inimigo oculto em algo visível aos nossos olhos. Para isso basta além de ver, enxergar o que está acontecendo ao nosso redor, noutros Países. Indubitavelmente perderemos pessoas próximas, entes queridos, mas somos como o metal precioso, o ouro e a prata, provados no fogo, nas dificuldades, nos sofrimentos. Assim que nos lapidamos. Então não duvidemos do que está acontecendo, vamos crer. Crer em Deus acima de tudo. Embora todas as discussões ocorridas nos últimos dias, é preciso agir com racionalidade nesse processo, pois certamente não há uma forma única de resolver tudo isso. O mais importante é deixar de lado o viés político. É possível sim realizar o combate a pandemia com uma economia saudável. O que não podemos é rechaçar uma técnica, um estudo, uma ideia, simplesmente por conta da sigla política ou das pessoas que as divulgam. Um absurdo e uma ignorância pensarmos deste modo. Vamos fazer vida a nossa vida, tanto no aspecto mens sana in corpore sano, mas zelando concomitantemente pelos pilares do desenvolvimento sustentável: social (antropolatria sob análise, com reforço dos laços da solidariedade); econômico (trabalho a distância para algumas atividades-retorno controlado para tantas outras) e ambiental (respeito a natureza-clima melhorou). Cuidemos agora para se evitar o colapso econômico, pela avalanche contracionista que as empresas e pessoas serão obrigadas a suportar. Não podemos assumir compromissos com os erros, mas sim mudar nossas ideias quando novos fatos refutam aquelas primitivas fundamentações. Este é o nosso compromisso: com o acerto, muita das vezes errando para buscar o correto, ao invés de sermos omissos.Sejamos flexíveis às mudanças e não simplesmente volúveis às mesmas. É provável que a sociedade pós coronavirus oportunize melhores padrões de comportamento. Só depende de nós, ou será que vamos esperar ver para crer?

Dr. André Luís Luengo