DE VOLTA ÀS AULAS…
*CLAUDIVAL CLEMENTE.
**CLAUDIVAL MOURA CLEMENTE
Estamos na última semana de agosto, mês que tradicionalmente marca o retorno às aulas no segundo semestre. Mas a pandemia do SARS-Cov2, vírus que provoca a Covid19, doença respiratória grave, com alto de índice de transmissão e também letalidade, alterou completamente o calendário escolar, cujas aulas presenciais foram suspensas desde março passado. Um desafio para todos os alunos, diretores, supervisores, coordenadores e professores conviver com esta nova modalidade de aprendizado, através das aulas transmitidas pela internet.
O Governador do Estado de São Paulo João Dória autorizou a retomada das aulas presenciais no estado de São Paulo em 08 de outubro deste ano; todas as escolas públicas e privadas, incluindo ensino superior poderão voltar às aulas presenciais.
O retorno que estava previsto para 08 de setembro foi adiado por recomendação do Centro de Contingência do Corona Vírus, para garantir uma margem de segurança maior para as crianças, adolescentes, professores, gestores e profissionais da rede pública e privada de ensino e seus familiares. O Centro de Contingência do coronavírus é uma comissão criada para monitorar e coordenar ações contra a propagação do novo coronavírus em São Paulo. É composto pelo Secretário da Saúde e especialistas nas áreas de infectologia, incluindo o Diretor do Instituto Butantã e professores das universidades estaduais. Este centro assessoria o Governador na tomada de decisões a respeito do combate ao Covid19.
O modelo de retorno à as aulas é de rodizio, na primeira fase retomam as atividades 35% dos alunos, na segunda fase 70% dos alunos e somente na terceira fase 100% dos alunos. Embora não definido concretamente, os alunos irão frequentar as aulas presenciais alternadamente, para justamente cumprir a necessidade de distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os alunos e professores. Como se sabe, o SARS-Cov2 é transmitido pela saliva e além do uso de máscaras e higienização das mãos com álcool gel, o distanciamento é uma regra que não pode ser quebrada em nenhuma hipótese. Além disso, os horários de entrada e saída dos estudantes serão organizados fora do horário de pico. Os intervalos também serão organizados em sistema de revezamento para evitar aglomerações nos pátios e sanitários. Aliás, os sanitários e superfícies devem ser higienizados antes da abertura e no encerramento e a cada três horas. Os bebedouros estão proibidos e o fornecimento de água deverá ser individual, com cada aluno bebendo em sua própria caneca ou copo. Os lixos deverão ser removidos a cada 3 horas e os ambientes devem ser mantidos ventilados com janelas e portas abertas, evitando toque em maçanetas e fechaduras.
Todos estes cuidados são imprescindíveis, pois a preocupação maior com o retorno às aulas presenciais é justamente a chamada “contaminação cruzada”, pois normalmente os professores trabalham em mais de uma escola podendo trazer o vírus para contaminar os outros professores, funcionários e incluindo os alunos; as possíveis contaminações nas escolas iriam para fora dos muros, podendo aumentar o número de infectados. Os vírus quando não descobertos em tempo “viajam” com o portador, provocando a contaminação de parentes e familiares, incluindo as pessoas que se encontram no grupo de risco.
Além de todas estas precauções, também se recomenda que os pais verifiquem a temperatura dos filhos e caso esteja acima de 37 graus devem permanecer em casa e procurar ajuda médica. As escolas também deverão verificar a temperatura dos alunos na entrada das aulas e caso algum aluno esteja acima do limite permitido será isolado em uma sala especialmente reservada para esta finalidade. Profissionais e alunos que estejam dentro do grupo de risco, tais como idosos, diabéticos, hipertensos, obesos e portadores de doenças crônicas, não devem ir às escolas e permanecer em atividades remotas.
Enquanto isso, vamos manter todos os protocolos de prevenção e precaução no combate ao SARS-Cov 2, com os cuidados de distanciamento social e higiene pessoal . Importante lavar as mãos com frequência, com água e sabão durante 20 segundos ou higienizar com álcool gel 70%, evitar tocar a boca, o nariz e os olhos com as mãos e cobrir a boca quando tossir ou espirrar. Saindo de casa, use sempre as máscaras, com a devida cautela, evitando aglomerações. Nunca toque na máscara e não é necessário baixar ou tirar a máscara para falar ao celular ou ouvir ou gravar alguma mensagem no watts. A máscara é a melhor proteção no momento.
Juntos somos mais fortes, juntos venceremos. O Brasil irá vencer o vírus. O Brasil precisa de todos nós.
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*Formado em Direito pela UENP – Universidade Estadual de Direito do Norte Pioneiro em Jacarezinho e em Administração de Empresas nas Faculdades Integradas de Ourinhos. MBA em Comunicação Corporativa pela Universidade Estácio de Sá(em curso) . Sócio sênior da BCRC Consultoria em Comunicação.
** Revisão e colaboração – Administrador de Empresas pela Universidade Cidade de São Paulo – UNICID.
