“DA CASA DE JUDAH BEN-HUR…”

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“Um drama rico e glamouroso, que transcende os limites do espetáculo.”

(Bosley Crowther in “THE NEW YORK TIMES”)

Sérgio Barbosa (*)

A maioria dos filmes deste novo tempo, não deixa marcas pelas telas mágicas de um cinema perdido em algum canto deste ou daquele país, entretanto, existem os idolatrados épicos da sétima arte para fazer a diferença em tempo de pós-globalização midiática…

O filme “BEN-HUR”, direção de WILLIAM WYLER e vencedor de 11 OSCAR, incluindo o de MELHOR FIMDE DE 1959, apresentação da METRO-GOLDWYN-MAYER e destacando a presença artística dos astros CHARLTON HESTON e JACK HAWKINS, além de outros nomes na composição da equipe, entre os quais da atriz HAYA HARAREET, bem como, de STEPEHN BOYD e produção de SAM ZIMBALIST PANAVISION METROCOLOR…

Um programa além da imaginação terrena em meio aos desencontros com a religiosidade do ser humano na época do poderoso Império Romano com as marcas da conquista em terras distantes, neste caso em pauta, nos desertos nada mágicos de um Oriente Médio para fazer a diferença sob a “PAX ROMANA”…

O marco zero do cristianismo está mais do que presente neste contexto singular para a pluralidade do cenário calado pelas espadas do poder central de Roma por meio da presença das famosas Legiões Romanas, guardiãs do império alado pelos deuses do imperador do mundo nesta época distante e próxima, tendo em vista os novos conquistadores do norte desta “nuestra América”…

Pode-se pensar em muitas diferenças na apresentação do filme BEN-HUR, afinal de contas, conquistadores e conquistados sempre existiram e continuam existindo neste novo tempo, porém, faz-se necessário estar em conexão com a história mundial para um olhar crítico neste panorama conturbado pela esperança dos judeus quanto à chegada do “Messias” em terras conquistadas além das fronteiras do todo poderoso império romano…

Diz o pensamento deste mesmo tempo, “todos os caminhos levam a Roma”, neste caso, as estradas construídas durante a expansão por meio das conquistas em guerras das poderosas legiões romanas, demarcaram novas fronteiras para este ou aquele imperador, possibilitando aos conquistadores, riquezas materiais de todas as espécies…

Bem como, do poder sacramentado pelas leis do senado romano frente aos conquistados ou perdedores neste caso: domínio amplo, geral e irrestrito no território ocupado ou anexado pelas legiões romanas sob o comando central de Roma…

A trajetória de JUDAH BEN-HUR no filme retrata o pano de fundo em sua terra natal, quando o povo judeu contestava a presença romana em seus territórios, porém, a libertação estaria para acontecer com a vinda do profeta libertador dos males da opressão e da escravidão romana…

Para um entendimento real pela ficção cinematográfica, deve-se pautar a contextualização histórica e crítica deste período, ou seja, Antes de Cristo (AC) e Depois de Cristo (DC) para estar de acordo com os desencontros por meio do encontro de JUDAH BEN-HUR e a performance magistral de CHARLTON HESTON como protagonista principal do filme “BEN-HUR”…

AVE CHARLTON HESTON!

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(*) Jornalista  diplomado.