Coronavac chegando…

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CORONAVAC CHEGANDO…                                                                                          

 

*CLAUDIVAL CLEMENTE.

**CLAUDIVAL MOURA CLEMENTE

O final da fase três em uma pesquisa para obtenção de uma vacina, é o momento quando se testa a segurança do composto, se eventuais efeitos adversos irão trazer malefícios aos usuários e também se existe a chamada “resposta imunológica”, na qual o organismo que recebe a vacina reage favoravelmente criando os anticorpos suficientes para combater a doença, caso a pessoa seja infectada pelo vírus que se pretender erradicar.

O grande ponto de interrogação no desenvolvimento de uma vacina é justamente se a combinação dos vírus atenuados ou mortos com os compostos farmacêuticos serão suficientes para induzir o corpo do paciente a produzir a memória imunológica, que consiste justamente na identificação, pelo sistema de defesa do usuário, as ameaças dos vírus que eventualmente possam atingir o paciente.

É um processo minucioso que não permite pular nenhuma das fases, nem suprimir qualquer das exigências científicas, pois além dos efeitos adversos, que por si só são complicados, mas principalmente porque podem ser perigosos para a saúde pública.

Mesmo em tempos de pandemia como a que estamos vivendo, no combate radical ao SARS-Cov2, vírus que provoca a Covid19, é importante observar os protocolos de segurança para desenvolvimento da vacina, com a realização dos testes indispensáveis.

A CORONAVAC, vacina desenvolvida pela biofarmacêutica chinesa SINOVAC alcançou a fase III da última etapa da pesquisa, que foram aplicadas em 50.000 voluntários na China, cujos resultados foram perfeitamente satisfatórios. Deste contingente, apenas ocorreu apenas 5,36% de efeitos colaterais, sem gravidade, tais como dor no local da aplicação, fadiga e febre leve. Os resultados sobre a eficácia de igual forma foram considerados satisfatórios e o resultado final deverá ser publicado até novembro deste ano.

Esta vacina está sendo desenvolvida em parceria com o Instituto Butantã, entidade mantida pelo Governo do Estado de São Paulo, sendo que a empresa chinesa se comprometeu por contrato a transferir a tecnologia para que as vacinas sejam produzidas aqui no Brasil. Se os resultados forem bons em nosso país como foi no país de origem, o Butantã irá protocolar um pedido na ANVISA – que é a agência federal que controla a produção de vacinas e remédios – para autorizar a imediata fabricação para que um primeiro lote de vacinas, bem como autorizar uma campanha emergencial, que em um primeiro momento irá atender os profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate ao Covid19.

O primeiro lote de 5 milhões de vacina chegará ao Brasil até outubro, em dezembro virão outras 6 milhões de doses e outras 40 milhões de doses serão formuladas no Butantã,  a partir dos insumos chineses, devido à transferência de tecnologia. A previsão é de que até fevereiro de 2021 sejam fabricadas 60 milhões de doses, suficientes para vacinar toda a população do estado de São Paulo.

Muito embora a FIOCRUZ também esteja pesquisando a vacina contra o coronavírus, em parceria com a Universidade de Oxford e a empresa AstraZeneca, os testes com esta vacina foram suspensos duas vezes em razão de efeitos adversos graves em paciente da Inglaterra, mas sem registro desta natureza aqui no Brasil.

Os brasileiros do estado de São Paulo esperam que apesar da rivalidade política existente entre o Governador do Estado de São Paulo e o Chefe do Executivo Federal não seja motivo para a ANVISA travar ou dificultar a liberação das vacinas pesquisadas pelo Instituto Butantã; pois o importante é exterminar o vírus que está trazendo vários prejuízos para a sociedade, em especial as mortes de vários brasileiros. Somente após a total vacinação da população brasileira é que todas as barreiras do isolamento poderão ser levantadas, voltando às atividades normais.

Sendo aprovadas pela ANVISA, as vacinas produzidas pelo Butantã serão fornecidas aos outros estados da federação, por meio do SUS – Sistema Único de Saúde que é vital para realizar a campanha de vacinação, nos mesmos moldes que realiza contra o vírus influenza, que causa a gripe. Outros países da região também poderão receber as vacinas, desde que seja feito um acordo entre os governos.

Vamos sempre nos lembrar dos cuidados básicos para prevenção da Covid19, lavando as mãos com frequência, com água e sabão durante 20 segundos, ou utilizar o álcool gel e sempre com as máscaras protegendo a boca e o nariz. Evite aglomerações e o contato com pessoas de fora do convívio doméstico.

Juntos somos mais fortes, juntos venceremos.  O Brasil irá vencer o vírus. O Brasil precisa de todos nós.

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*Formado em Direito pela UENP – Universidade Estadual de Direito do Norte Pioneiro em Jacarezinho e em Administração de Empresas nas Faculdades Integradas de Ourinhos. MBA em Comunicação Corporativa pela Universidade Estácio de Sá(em curso) . Sócio sênior da BCRC Consultoria em Comunicação.

** Revisão e colaboração  –  Administrador de Empresas pela Universidade Cidade de São Paulo – UNICID.