Conquistadores e Conquistados: Uma reflexão Tupiniquim

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CONQUISTADORES E CONQUISTADOS: UMA REFLEXÃO TUPINIQUIM!

Sérgio Barbosa (*)

“Julgávamos que, por termos o poder, tínhamos sabedoria”. (Stephen Vincent Benéc)

Depois da tal descoberta das Américas, neste caso, portuguesa e espanhola nos tempos e outrora, quando por aqui aportaram, Cristóvão Colombo no centro e no norte em nome da coroa espanhola, porém, no sul, Pedro Álvares Cabral sob a bandeira da coroa portuguesa, todavia, ambos vieram com a cruz do cristianismo na frente e a espada da força invasora logo atrás para dominar em nome dos respectivos reinos europeus.

Os comandados de cima, de um jeito ou de outro acabaram se libertando dos opressores, antes, dizimaram em nome da cruz os primeiros habitantes deste novo território, também, nos trópicos debaixo as coisas aconteceram da mesma forma, os espanhóis a fizeram.

Depois, os conquistadores das 13 colônias plantadas em território norte-americano, estes, em nome do protestantismo pietista avançaram rumo ao oeste, neste caminho, as caravanas foram anexando terras e indígenas como posses em nome da bandeira capitalista do novo Deus protestante.

No caso das colônias portuguesas, rodeadas pelas conquistas espanholas espalhadas pela recém descoberta América do Sul, depois da invasão na área central do continente americano, os conquistadores portugueses souberam dar o tom do poder bélico, bem como, levando a salvação do cristianismo por meio da cruz da libertação dos pagãos, neste caso, os indígenas tupiniquins.

Debater temas relacionados com a salvação deste mundo secular não é tarefa simplista, assim, faz-se necessário estar em conexão com as pesquisas sobre o outro tempo para uma reflexão acima do bem e do mal desta salvação intermediada pelo cristianismo na época das invasões das Américas.

Portanto, hoje, discute-se tudo e nada sobre tais conquistas em nome do avanço da civilização ocidental, afinal de contas, os chamados bárbaros, estes em outros cantos do planeta, também, usaram as mesmas armas em suas conquistas frente ao novo mundo novo.

Porém, diz o velho dito popular, “um erro não justifica o outro”, entretanto, tal colocação fica a deriva quando o tema está relacionado com as conquistas das diversas civilizações, de norte a sul, do leste para o oeste e assim por diante, basta uma pesquisa em cima do material disponível para uma análise crítica sobre as temáticas históricas em tempo de pós-globalização.

O “País do faz de conta” não tem compromisso com o passado, muito menos com o presente e o futuro é um lugar que não existe para o poder público nas esferas municipal, estadual e federal, ainda mais, quando o país caminha para mais um processo eleitoral no próximo ano sob a bandeira tupiniquim das trocas, aqui, nada simbólicas em função da atual conjuntura sócio-econômico-política.

É necessário investir em áreas afins aos interesses da comunidade, desta forma, por meio dos processos em nível de planejamento podem fazer a diferença no presente com projeção para o futuro do “País do faz de conta” visando suprir as dificuldades com a reflexão crítica sobre temas históricos e afins ao compromisso com a cidadania tupiniquim.

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(*) Jornalista profissional diplomado e professor universitário.