Bebê Reborn: Brincadeira ou Patologia? (por Cidinha Pascoaloto)

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Os bebês reborn são bonecas bem realistas ricas em detalhes impressionantes que imitam recém-nascidos. Eles são adquiridos principalmente por mulheres que buscam reviver a maternidade de forma diferente ou preencher vazios emocionais.

 Mas até que ponto essa prática é saudável? será que é uma simples brincadeira? Ou algo que pode ser considerado patológico e a procura por um bebê reborn pode estar ligada a sentimentos de carinho, cuidados, conexão emocional, vazio psicológico, para lidar a solidão ou por uma causa desconhecida.

 Em idosos ou pessoas com demência são até usados em intervenções terapêuticas, como forma de proporcionar bem-estar emocional.

O bebê reborn pode ser incrivelmente útil para pais que estão à espera do primeiro filho que podem treinar como segurar um bebê, como dar banho, ajuda a entender a fragilidade e delicadeza de um recém-nascido aumentando a confiança e diminuindo o medo de machucar. O segredo é encontrar equilíbrio entre o hobby e as outras esferas da vida.

 Mas se a pessoa deixar de se relacionar socialmente para ficar com o bebê reborn ou achar que só se sente feliz ao lado dele e não consegue manter uma conexão saudável com a realidade talvez seja a hora de procurar um profissional da saúde.

 Apesar de serem incrivelmente realistas, os bebês reborn são apenas bonecos não respiram, não comem, não crescem, não fazem necessidades e não se desenvolvem como ser humano. Os bebês reborn podem trazer alegria e conforto, mas não substituem um bebê de verdade. É apenas um objeto. Sem movimento. Esse comportamento pode influenciar na saúde mental, levar ao isolamento social ansiedade ou até mesmo depressão.

O apego por um bebê reborn não é patológico. Qualquer objeto simbólico pode ser de brincadeira saudável, terapêutica ou indicativo de sofrimento psíquico.

Cidinha Pascoaloto-Psicóloga, com foco no luto CRP 06/158174. Presencial e online, contato: (18) 99725-6418