Autolesão não suicida na adolescência: (ALNS) (por Cidinha Pascoaloto)

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Autolesão não suicida são agressões praticadas contra o próprio corpo de forma intencional. Geralmente causam dores e danos superficiais, mas sem pretensão de causar a morte.

Os pais ao descobrirem que o filho está se cortando se comportam de várias maneiras. Alguns brigam, outros pressionam o filho para ele prometer que não vai mais se cortar, outros ameaçam de bater, tirar o celular, a televisão, o lazer e a convivência com os amigos entre outros. Pioram ainda mais a situação por   desconhecimento, desespero ou preocupação excessiva.

Existem pais que lidam de forma violenta com os filhos e isso não ajuda em nada porque ele tem um sofrimento emocional intenso. Muitos se auto lesionam sem intenção suicida, mas sim apenas para aliviar a dor emocional que está sentindo no momento ou para resolver uma dificuldade interpessoal. As meninas se auto lesionam em um porcentual maior que os meninos.

 Os fatores de risco para autolesão estão relacionados com a dificuldade de adaptação e aceitação no grupo de amigos que faz parte, pessimismo, pensamentos negativos, impulsividade distorção da sua imagem corporal, inseguranças, autocobrança, instabilidade emocional, ou até mesmo para se punir.

A separação dos pais, família conflituosa, abandono por parte de um dos pais, bullying e dificuldade de relacionamentos também pode ser um gatilho para a autolesão. Outros gatilhos podem estar relacionados com transtornos psiquiátrico como ansiedade, depressão, transtornos alimentares, transtorno da personalidade borderline e outros transtornos que podem levar ao comportamento auto lesivo.

 Esses comportamentos podem se apresentar de forma crônica e causar riscos graves como o suicídio. O abuso de substâncias como drogas e álcool pode ser um fator de risco e aumentar o comportamento auto lesivo.

 O tratamento pode ser feito com terapia comportamental onde o psicólogo vai avaliar a necessidade de um acompanhamento médico e auxiliar o paciente a lidar melhor com suas emoções. O adolescente procura esconder as lesões por vergonha e culpa. Tanto os pais como professores e pessoas que convivem com o adolescente devem acolher e encorajá-lo para falar sobre o que está acontecendo.

 O diálogo salva vidas.

 Cidinha Pascoaloto-Psicóloga -CRP 06/158174 Terapia Cognitivo Comportamental pessoas enlutadas, depressão e ansiedade (TCC)Atendimento online, contato: +55(18) 99725-6418