A Música dos anos 60 no contexto plural do tempo do tempo… (por Sérgio Barbosa)

0
531

A MÚSICA DOS ANOS 60 NO CONTEXTO PLURAL DO TEMPO DO TEMPO…

“Os espectadores são vampiros silenciosos…” (Jim Morrison)

Sérgio Barbosa (*)

Os anos passam e muita coisa fica perdida em meio ao passado desta ou daquela pessoa, ainda mais neste contexto universal que é a música, uma arte em meio às muitas formas de uma mesma arte para o homem e seu tempo…

Dizem que “recordar é viver”, portanto, as pessoas buscam para si algum tipo de recordação, porém, muitas preferem o anonimato para quem sabe, esquecer um alguém que ficou perdido em algum lugar da sua memória…

De qualquer forma, tudo poder ser uma mesma forma para o homem e suas nostalgias do outro tempo, quando, as pessoas procuram se encontrar por meio dos sonhos de uma juventude perdidas em suas próprias contradições frente ao momento sublime da arte pela arte…

O melhor deste contexto, talvez seja saber viver com esta mesma arte musical, deixando de lado as contradições da época em foco, porém, mesmo assim, o homem, ainda se perde em si mesmo, talvez, pela falta de memória coletiva, desativa pela perspectiva individual do ser humano e o contexto inanimado do cotidiano…

Os anos 60 foram para muitos o início de um fim sem o meio, considerando os acontecimentos desta década em áreas determinantes para a juventude em busca do outro lado pelo mesmo lado dos mortais…

Assim, surgiram diversos movimentos de contestação para demonstrar a sociedade em nível mundial às inquietações dos jovens desta década cativante e contra tudo que representava o “senso comum” do pós-guerra, mediada pelos anos 50 e sufocada pelos conflitos do homem contra o homem…

Pode-se tentar chegar a um determinando lugar por meio da música e seu tempo, para isto ser possível, é preciso, antes de tudo, fazer uma viagem pela história musical pelas décadas de ouro do Rock and Roll, ou seja, o início, os anos 50, o meio, os anos 60 e o quase fim de tudo, os anos 70!

Entre as muitas cidades que recebiam os jovens para atos de rebeldia frente aos acontecimentos dos anos 60, a cidade californiana de SAN FRANCISCO era considerada a capital do movimento “paz e amor”, também, conhecido como “faça amor, não faça a guerra”…

Foram anos e anos de uma performance além do cenário musical em território demarcado do “Tio Sam”, haja vista, as prioridades do governo naquele tempo em meio às guerras patrocinadas pelos governantes norte-americanos para um domínio a mais do outro lado do planeta terra…

A década de 60 ficou conhecida nos EUA – Estados Unidos da América, pelo menos no quesito musical, como a “British Invasion”, a saber: “Invasão Britânica” no cenário artístico musical com propostas além da imaginação da juventude norte-americana…

Ressalta-se, a presença de “Manfred Mann, The Animals, The Hollies, Procol Harum, Peter and Gordon, Yardbirds whit Jimmy Page, Joe Cocker, The Kinks, Gerry and The Pacemakers, Traffic e outros…

Como resposta a tal invasão, a cidade de San Fransisco promoveu vários encontros em seu território musical, apresentando artísticas que souberam superar tais divergências com os britânicos, entre os quais: Van Morrisson, Santana, Janis Joplin & Big Brother and The Holding Company, Country Joe & The Fish, The Grateful Dead, The Stevie Miller Band e outros…

Portanto, a década de 60 foi a marca registrada destas transformações para uma juventude em ebulição, porém, no final dos anos 60 muitas coisas aconteceram e o sonho foi indo embora para outro tempo, colocando os jovens num outro tempo…

Agora, os anos 70, mas tal reflexão fica para uma outra oportunidade, talvez, quando o homem e a mulher forem peças de uma mesma engrenagem por meio da denominada revolução sexual, que aconteceu, também, na década de 60…

___________________________________

(*) Jornalista profissional diplomado, professor universitário e pesquisar da Cátedra UNESCO/UMESP de comunicação para o desenvolvimento regional.

e-mail: barbosa.sebar@gmail.com