“A LENDA DO HOMEM CROCODILO”
“A vida é tal qual uma comédia teatral: ninguém repara se foi longa ou curta, e sim se foi bem representada.” (Sêneca)
Sérgio Barbosa (*)
Nestes desencontros deste NOVO TEMPO NOVO, bem como, entre outros DESAFIOS ACADÊMICOS via PLATAFORMAS ON-LINE e outras possibilidades, pode-se pensar em alternativas para isto ou aquilo…
Entre as quais, por exemplo, assistir TV aberta ou não, bem como, NETFLIX e assim por diante e de acordo com o horário disponibilizado naquele momento de LAZER…
Assim, como simples mortal acabei me perdendo em tardes infinitas pela “telinha magia”, quem sabe, tentando um encontro com os velhos tempos de adolescente, quando passava tardes e mais tardes atrás de um televisor assistindo os filmes e seriados dos anos 70…
Mas, em pleno século XXI, ainda é possível, de vez em quando, encontrar pela frente alguns destes filmes ou seriado na “telinha mágica”, neste caso específico, momento de magia para os saudosistas de plantão num dia qualquer da semana, até mesmos, finais de semana naquela nostalgia infinita pelo encontro com o passado em tempo de pós-globalização midiática…
Então, foi numa destas tardes que acabei encontrando na “telinha mágica” um filme, como a maioria das produções veiculadas pela televisão brasileira, “made in USA”, porém, o mesmo acabou prendendo a minha atenção com o decorrer da trama…
Ao mesmo tempo, trouxe de volta para mim uma “magia” que andava esquecida que é os fatos relacionados com “lendas”, isso mesmo prezado leitor, fui sendo envolvido pelas lembranças dos “causos” do interior tupiniquim, entre os quais: mula sem cabeça, lobisomem, bicho papão e outros…
Um mundo com outra realidade para as crianças de outra época, mas ainda é possível levar adiante um “mundo do faz de conta”, basta entrar pelos olhos de uma criança, deixar a ilusão tomar conta do nosso interior e nada mais do que isto para tornar o adulto uma criança pela ótica ilusória do passado no presente…
Ainda bem que, nestes casos, as recordações daqueles anos infantis e até mesmo, adolescentes, nos mostram outro lado das questões e abrem, assim, novas portas para o presente em meio às novas descobertas do mundo mais do que adulto…
Muitas pessoas fogem do passado como “o diabo foge da cruz”, também, penso eu, nunca souberam aproveitar destes momentos como crianças ou adolescentes, claro, as respostas são muitas e além do mais, cada caso é um caso e não se podem generalizar tais questionamentos sobre as peraltices de cada ser humano naqueles tempos de outrora…
Bom, relembrar faz parte do nosso ser interior, por isso, cada um deve saber das peraltices e dos puxões nas orelhas como castigo exemplar aplicado pelos pais, assim mesmo, as lembranças marcam os caminhos de cada um neste cenário infantil…
Ah! Estava esquecendo-se de retornar para o filme em questão, que motivou o texto e as lembranças dos tempos da infância e da adolescência sem culpa nas ruas sem asfalto e pelas vizinhanças de uma vila com muitos nomes para um mesmo lugar, desta forma, fica registrado neste caso em especial, pelo menos o nome do filme: “A LENDA DO HOMEM CROCODILO”…
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(*) Jornalista diplomado e professor universitário.
e-mail: barbosa.sebar@gmail.com