A Guerra continua…

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A GUERRA CONTINUA…

*CLAUDIVAL CLEMENTE.

**CLAUDIVAL MOURA CLEMENTE

Para compreender a questão do isolamento social, no combate ao covid19, é preciso analisar alguns aspectos daepidemiologia(estudo dos diversos fatores que intervêm na difusão e propagação das doenças), tais como a forma de contaminação e a chamada curva de contágio a demonstrar, em um modelo matemático, a quantidade de pessoas que “provavelmente” serão contaminadas.

É um assunto complicado e para um exame frio do assunto, o leitor e a leitora, têm que se distanciar de posicionamentos políticos-ideológicos, abandonando a postura de esquerda, direita ou mesmo centro. É preciso lembrar que os governadores e prefeitos perseguem o mesmo objetivo do Governo Federal, qual seja, o combate ao vírus e a preservação das atividades econômicas; afinal, os governadores e prefeitos mantém as atividades dos seus governos por meio da arrecadação dos impostos e taxas e só são realizadas com o funcionamento dos negócios em geral.

Politizar o combate ao covid19 é um erro, pois a população precisa da proteção dos governantes nos três níveis e o enfrentamento político, entre si, destas autoridades é totalmente prejudicial ao povo, que no final das contas, é quem mantem, com o dinheiro que pagam os impostos, estes governos.

Voltando ao início, a transmissão do covid19 se dá por meio da saliva humana, através da fala, espirro ou tosse. Só falando o ser humano eventualmente contaminado pode passar para outra pessoa,  o vírus, por meio dos tais “perdigotos”, que são gotículas contaminadas. Estas gotículas podem atingir a boca, os olhos e o nariz da pessoa próxima e para se evitar esta possibilidade, além do uso de máscaras, o ideal é que uma pessoa esteja distante da outra, pelo menos dois metros.

Se várias pessoas estão no mesmo local existe o risco da contaminação, que também pode ocorrer através de apertos de mãos, pois os tais “perdigotos” ficam “grudados” na mão da pessoa e também nas superfícies, como maçanetas, balcões, corrimões e mesas.O comportamento higiênico correto é nunca levar as mãos aos olhos, nariz ou boca. Mas pode acontecer por descuido.

A primeira providência para evitar o espalhamento da doença é justamente impedir que várias pessoas permaneçam juntas, seja no trabalho, escola ou igrejas. Este isolamento social minimiza a probabilidade de transmissão dos vírus. A vantagem em diminuir as transmissões tem impacto na curva de contágio, pois derrubada dos números da probabilidade de contaminação, mesmo que a pessoa esteja fora dos grupos mais vulneráveis à enfermidade: pessoas idosas e portadoras de doenças crônicas, é importante aspecto no combate ao tamanho da contaminação, para achatar a curva de contágio, com contaminação gradual da população, evitando o congestionamento dos leitos hospitalares, alcançado até os hospitais particulares.

Observando a evolução da doença em outros países, cuja pandemia chegou primeiro, constata-se que onde foi adotado o isolamento horizontal, que é realizado por meio de total distanciamento entre as pessoas, como está sendo feito pelo governo do Estado de São Paulo, a quantidade de pessoas infectadas foi menor. Já o isolamento vertical, consiste na retirada de circulação das pessoas idosas e portadoras de doenças crônicas, como defende o Governo Federal, contrariando o pensamento da Organização Mundial da Saúde(OMS, órgão da ONU – Organização das Nações Unidas) e vários infectologistas de renome. A defesa para o isolamento vertical por parte do Executivo Federal, além de contrapor-se aos governadores, tem a ver com a questão econômica. Neste particular, convém ressaltar que a economia brasileira já está ruim desde 2016, quando ocorreu a implantação da chamada “nova matriz econômica”, que foi desastre junto com outros erros cometidos. De lá para cá a economia brasileira nunca se recuperou, justamente por falta de uma política que produzisse resultados satisfatórios.

O ideal é a manutenção do isolamento horizontal e com o tempo, ocorrendo o achatamento da curva de contágio, permitir a volta das atividades de maneira escalada, permitindo que os alunos voltem às escolas e abertura de alguns pontos comerciais. Mas tem que existir um critério rigoroso na flexibilizaçãodo isolamento social. Neste meio tempo, o Governo há que auxiliar o povo por meio de programas financeiros, seja assistindo as pessoas desempregadas, seja estimulando as empresas a manterem o quadro de empregados, veiculando financiamento às folhas de pagamentos e adiamento do recolhimento dos impostos. O Estado, seja de direita ou de esquerda tem a obrigação de auxiliar a população, pois é menos pior que as finanças do Estado sejam quebradas, do que vidas humanas sejam perdidas para a doença, totalmente inaceitável.  Não se descuidem, mantenham o cuidado e as normas de higiene pessoal, o vírus está circulando e o perigo permanece.

Juntos somos mais fortes, juntos venceremos. O Brasil irá vencer o vírus. O Brasil precisa de todos nós.

Envie dúvidas, comentários ou sugestões para bcrcconsultoria@gmail.com. Até a próxima.

*Formado em Direito pela Universidade Estadual de Direito do Norte Pioneiro em Jacarezinho e em Administração de Empresas pela Faculdades Integradas de Ourinhos. MBA em Comunicação Corporativa pela Universidade Estácio de Sá(em curso) . Sócio sênior da BCRC Consultoria em Comunicação.

** Revisão e colaboração  – Acadêmico de Administração de Empresas na UNICID.