A depressão infantil é um transtorno
Esse transtorno pode ser ocasionado por fatores de natureza psicológica e emocionais, como a mudança de cidade, de casa, de escola, de professores, separação dos pais, presenciar discussões em casa, ou pertencer a famílias de altos níveis de depressão.
A quantidade e variedade dessas experiências vivenciadas formam um conjunto de fatores de risco para o desenvolvimento do transtorno. Os sintomas depressivos mudam conforme a idade da criança.
Crianças de zero a dois anos podem apresentar recusa de alimentos, desenvolvimento tardio, alterações no desenvolvimento psicomotor, na linguagem e problemas de sono.
Se o sono da criança é interrompido por pesadelos e ela começa a ter medo de ficar sozinha na hora de dormir é importante prestar atenção, pois o padrão do sono muda nos quadros depressivos.
Outros sintomas frequentes do transtorno depressivo infantil são a autocrítica elevada, sentimentos de inferioridade e o comportamento agressivo.
A agressividade e irritabilidade são percebidas com maior frequência nos meninos. Tanto a escola quanto a família podem contribuir para a depressão infantil. Problemas de relacionamento com professores e colegas, rejeição por parte dos amigos, assim como o afastamento de um dos pais do convívio da criança também podem influenciar no quadro depressivo.
Criança cala, se retraída muitas vezes são vistas como criança boazinha, por isso os pais demoram a perceber que o filho precisa de ajuda.
Quando os pais percebem uma mudança significativa no comportamento do filho, como chorar constantemente, perder peso sem razão aparente, devem levar a criança em um profissional para uma avaliação.
Quem realiza a psicoterapia com crianças é um psicólogo. Este verificará os sintomas e, em alguns casos, encaminhará para um psiquiatra com o fim de confirmar a hipótese diagnóstica. Nesse caso o psicólogo e o psiquiatra irão trabalhar juntos. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento melhor será o resultado.
