Rapaz fica ferido ao tentar desviar de tamanduá-bandeira, bater em barranco e capotar veículo na SP-294

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Motorista contou à polícia que animal já estava morto quando chegou ao trecho. Acidente foi registrado em Dracena, na noite desta terça-feira (22).

Um rapaz de 20 anos ficou ferido após tentar desviar de um tamanduá-bandeira que estava morto no meio da pista, bater em barranco e capotar o veículo. O acidente foi na noite desta terça-feira (22), na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), em Dracena.

De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, o motorista alegou que trafegava no sentido Junqueirópolis – Tupi Paulista quando se deparou com o tamanduá em meio à pista. Ele tentou desviar do animal, mas chocou-se contra um barranco e capotou o carro.

O homem sofreu ferimentos de natureza leve e foi levado para o Pronto-socorro de Dracena.

Equipes do Departamento de Estrada de Rodagem (DER) retiraram o animal – adulto e de grande porte – da pista e o enterraram.

Insetívoro

tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) pode ser encontrado em regiões de campos e cerrados da América Central e do Sul, desde a Guatemala até a Argentina.

A espécie se alimenta de formigas e cupins. Eles abrem os cupinzeiros e os formigueiros com as poderosas garras, introduzem a longa língua, com diâmetro entre 1 e 1,5 centímetro, que pode projetar a 60 centímetros para fora da boca. Os insetos ficam grudados na língua e, desta forma, o animal apenas os engole.

Os tamanduás são os únicos mamíferos terrestres que não possuem dentes, os tatus e preguiças possuem dentes incompletos, sem a presença de esmalte.

Seu comprimento, da cabeça e corpo, é de 1 a 1,2 metro. Só de focinho, são quase 45 centímetros e tem ainda a cauda, com 60 a 90 centímetros.

A cauda tem pelos longos que formam uma espécie de bandeira, o que serviu para adjetivação do nome vulgar.

Animal de hábitos diurnos, é normalmente vagaroso, mas quando perseguido pode fugir em galope.

O famoso abraço de tamanduá, tido como símbolo de traição, é praticamente a única defesa desse animal desajeitado e de visão e audição muito limitadas. O melhor sistema de alerta do tamanduá-bandeira é o olfato, que é apuradíssimo.

Ao pressentir o perigo, ele faz uso de articulações extras e levanta as patas dianteiras, apoiando o peso num tripé formado pelas duas patas traseiras e a cauda. É a posição de defesa. Mesmo assim, o tamanduá-bandeira suporta certa proximidade com o homem, sobrevivendo em áreas de lavouras e até perto de cidades.

Fonte: G1