O vitimismo interpessoal é um padrão frequente de comportamento em algumas pessoas. As pessoas com vitimismo consideram todas as ofensas como ataques pessoais reais, por menores que sejam. Para um paciente com doença mental a vitimização pode acarretar graves consequências como o agravamento dos sintomas psiquiátricos existentes, maior uso de serviços de saúde, incluindo internações psiquiátricas e comprometimento da qualidade de vida.
Uma pessoa com esse comportamento pode assumir papel de vítima em diversas situações da vida e transferindo a responsabilidade para outras pessoas dos problemas que ela tem dificuldade em resolver.
É comum as vítimas remastigar constantemente sobre as ofensas recebidas, por mais raras e insignificantes que sejam não conseguem esquecer do que disseram e do fizeram a tempos atrás.
As lembranças mais vividas estão relacionadas a raiva, traição, decepção por serem emoções negativas. As pessoas com comportamento vitimista não conseguem desenvolver habilidades de enfrentamento para lidar com os problemas de forma assertiva e construtiva baseada na responsabilidade pessoal para construir uma vida plena e satisfatória e discutir possíveis soluções para os problemas e evitar tantos conflitos interpessoais.
O vitimismo pode estar relacionado com baixa autoestima, falta de confiança em si mesmo, experiências traumáticas e dificuldades em lidar com seus problemas e novas situações desafiadoras.
Para vencer o vitimismo é fundamental desenvolver autoconhecimento e investir no desenvolvimento pessoal, assumir as responsabilidades por suas próprias ações e escolhas e alcançar seus objetivos sem ajuda de ninguém. É importante também que as pessoas a volta do vitimista não alimentem esse comportamento dando muita atenção para a pessoa. A terapia comportamental pode ajudar o indivíduo a organizar seus pensamentos e aprender a lidar melhor com suas emoções.
Cidinha Pascoaloto-Psicóloga, com foco no luto CRP 06/158174. Presencial e online, contato: (18) 99725-6418
