A ação resultou ainda no bloqueio de mais de R$ 10 milhões em bens imóveis e dinheiro de quatro pessoas envolvidas, condenadas a mais de 35 anos de prisão.
A Polícia Civil, por intermédio das Unidades Especializadas – DIG/DISE, do Centro de Inteligência Policial (CIP) da Delegacia Seccional de Polícia de Dracena e da Delegacia de Polícia de Panorama, deflagrou nesta quarta-feira (29) uma operação visando o cumprimento de quatro mandados de prisão expedidos pela 1ª Vara da Comarca de Dracena.
A operação ocorreu simultaneamente em Dracena e Panorama, resultando na prisão de um homem de 60 anos e uma mulher de 53 anos em Dracena, e uma mulher de 36 anos em Panorama. O pai da mulher de 36 anos, um homem de 65 anos, não foi localizado e é considerado foragido da Justiça.
As investigações tiveram início em 2008 e foram conduzidas pela DIG/DISE de Dracena, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de São Paulo. Os crimes investigados incluem lavagem de dinheiro e corrupção ativa, vitimaram a antiga CESP (Companhia Energética de São Paulo).
Durante as investigações, descobriu-se que os presos compravam olarias ou cerâmicas inativas ou em dificuldades financeiras, simulando mediante documentos contábeis falsos uma alta produtividade. Em decorrência da formação do lago para a construção da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, houve inundação de terrenos as margens do Rio Paraná, ocasionando perda de argila, que é a matéria prima indispensável para produção das empresas ceramistas. Em razão dos supostos prejuízos sofridos, os acusados solicitavam indenizações significativas, corrompendo funcionários da CESP para inflar os valores das indenizações, causando enormes prejuízos financeiros à companhia.
No ano passado, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências e escritórios dos envolvidos, apreendendo documentos que foram analisados e incluídos no processo criminal. Também foram bloqueados mais de R$ 10 milhões em bens e dinheiro dos envolvidos.
Após a conclusão das investigações, os réus foram processados e condenados por lavagem de dinheiro e corrupção ativa, cada um a mais de 35 anos de reclusão em regime inicial fechado. Os detidos passarão por audiência de custódia e serão encaminhados ao sistema prisional.
Fonte: Comunicação Social Polícia Civil