2020: O princípio do Fim

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O Site Jorge Zanoni dá as boas-vindas ao Dr. Vladimir de Mattos que a partir de hoje e todas as terças-feiras passará a publicar Artigos de sua autoria. Agrademos ao Advogado a parceria e desejamos sucesso com suas linhas escritas de assuntos diversos, aos nossos leitores e amigos.

Jorge Zanoni

2020: O PRINCÍPIO DO FIM

Hoje, 01/12, inicia-se o fim de 2020, o ano em que a Terra parou.

No início do ano, antes da pandemia de Covid-19, ninguém poderia sequer imaginar que viveríamos o caos, com a paralisação de tudo, o fechamento da indústria, do comércio em geral, das escolas, etc., nem tampouco que sequer poderíamos velar os nosso mortos durante o período pandêmico.

A Covid-19 alastrou-se como uma praga, tipo aquelas do Egito antigo mesmo, só que em nível mundial, atingindo a tudo e a todos. Não poupou ninguém.

Bilhões de pessoas ao redor do mundo recolheram-se em suas casas, muitas das quais sequer puderam mais trabalhar para prover o sustento de suas famílias. Filhos e pais foram impedidos de se encontrar; irmãos, avós e netos, idem.

O medo tomou conta de todos nós em ao menos algum momento de nossas vidas durante a pandemia, pois é natural que, embora seja a maior certeza da vida, a morte, quando próxima, sempre causa temor.

Mas isso seria motivo para desespero e desesperança?!? Não!!!

Hoje, 01/12, também comemora-se o Dia Mundial de Combate à AIDS em todo o mundo. E o que isso tem a ver com a Covid-19?

A AIDS, como se sabe, foi a maior pandemia viral que acometeu a humanidade antes do coronavírus.

E o que essas duas pandemias têm em comum?!

Em 2004, a AIDS vitimou, em todo o mundo, 2,4 milhões de pessoas. Até hoje, 01/12/2020, a Covid-19 vitimou pouco mais de 1,4 milhões de pessoas, ou seja, quase 1 milhão de mortos a menos que as vítimas de AIDS em 2004, auge daquela pandemia. (Fonte: unaids.org.br).

Outra curiosidade: tal qual a AIDS, que diziam ter sido originada de macacos africanos que teriam mantido relações sexuais com humanos e que tal praga seria “castigo divino”, a Covid-19 também chegou cercada de misticismos, negacionismos, teorias da conspiração (“vírus chinês”, “vírus comunista” criado em laboratório para vender vacinas, etc.).

Ora, e o que mais ambos os vírus têm em comum?!?

Tal qual a AIDS, que não acabou com a humanidade e hoje é uma doença controlada, o coronavírus também o será, principalmente a partir do próximo ano (2021), quando diversas vacinas estarão disponíveis no mercado para imunizar a população mundial (ao contrário da AIDS, que até hoje não conta com uma vacina de imunização).

E a(s) vacina(s) pode ser chinesa, russa, estadunidense, portuguesa, chilena, búlgara, coreana, paraguaia e até mesmo brasileira. Pouco importa onde e por quem seja ela seja feita (pode ser feita até mesmo em Tupi Paulista/SP, por exemplo). O que importa é que ela virá e nos protegerá desse maldito vírus que chegou sem ninguém convidá-lo.

Mais que isso: Embora ambas as pandemias levem à morte por fatores, digamos, “comuns” – a exemplo da AIDS, ninguém morre de Covid-19, mas de complicações de outras doenças potencializadas pelo vírus –, é certo que a Covid-19 vitimará, ao longo dos anos, infinitamente menos pacientes que a AIDS, hoje praticamente esquecida pela população mundial em geral.

E qual a lição que podemos tirar disso tudo?

A vida, com a sua trajetória imprevisível, porém imutável (a morte é a única certeza da vida) e de certa forma indelével, pode nos reservar surpresas (pandemias virais, por exemplo), mas, inegavelmente, ela sempre encontra caminhos e segue o seu curso natural, com a renovação que nos faz perpetuar a obra do Criador.

Sendo assim, é de se concluir que, a despeito das agruras de 2020, nada nos resta senão acreditar que à frente teremos um mundo melhor, com mais paz, humildade, humanidade, esperança e perseverança, bem como a certeza absoluta de que nossos filhos e netos herdarão um mundo melhor que o nosso, atual, pois, com ou sem pandemias e pragas, a humanidade sempre evolui!

Que venha 2021!

vladimirdemattos@hotmail.com